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terça-feira, 31 de maio de 2016

Movimentos veem protestos em alta e preparam ato nacional no dia 10

Por: brasil de fato

Para as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ataques a direitos levam a insatisfação social e atos diários no país
Rede Brasil Atual, 

Insatisfação do movimento popular e da sociedade cresce cada vez mais desde instalação de governo interino / Tomaz Silva/Agência Brasil
Movimentos populares e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo organizam uma série de manifestações, atos e intervenções para ocorrer antes de 10 de junho. Nessa data, programam um ato unificado nacional, liderado pelas duas frentes, contra o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff.
Coordenador da Frente Brasil Popular, o ex-integrante do PSB Roberto Amaral diz que o movimento de “todas as frentes” pretende estabelecer um cronograma de inúmeras ações, com destaque para o dia 10, e deve chegar ao auge em agosto, quando deve acontecer o julgamento final de Dilma no Senado.
Segundo ele, os áudios vazados de conversas dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e do ex-presidente José Sarney, além das ações do próprio governo interino de Michel Temer, estão alimentando o crescimento das mobilizações. A opinião é partilhada pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, Guilherme Boulos, e pelo coordenador estadual em São Paulo da Central dos Movimentos Populares (CMP) e um dos coordenadores da FBP, Raimundo Bonfim.
“O terreno é mais fértil do que nós da Frente Brasil Popular supúnhamos. O governo interino, com sua inabilidade, está ajudando muito. Hoje temos consciência de que muitos dos que saíram às ruas pedindo o golpe, hoje não sairiam. E muitos dos que não saíram em defesa do mandato da Dilma, hoje estão saindo pedindo a saída de Temer”, diz Roberto Amaral.
Boulos vê perspectivas de manifestações cada vez maiores. “Há uma insatisfação crescente, até porque, mesmo pessoas que já foram à rua contra Dilma não foram pedindo o Temer. E com o ataque brutal que esse governo interino e ilegítimo começa a praticar contra os direitos sociais, isso seguramente vai aumentar as mobilizações”, prevê.
Para o dirigente do MTST, a principal discussão não é se o Senado vai ou não reverter o impeachment. “Não acreditamos, francamente, no carpete do Senado como palco para a solução. Achamos que a chance de reverter o golpe em curso é mobilização de rua”, defende. "No grande ato unificado no dia 10 de junho da Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, a gente espera que as várias lutas possam confluir, colocando centenas de milhares de pessoas nas ruas."
Para Roberto Amaral, a divulgação dos áudios está claramente conscientizando a sociedade. “Nós sempre dissemos que a cassação de Dilma era uma farsa. Ela não estava sendo julgada pelo seu governo nem pelas pedaladas que ela nunca cometeu. Tratava-se pura e simplesmente de afastá-la e ficou claro, nas conversas do Sarney, do Jucá e do Renan, como isso foi articulado. Essas declarações, soltadas a conta gotas, são apenas a ponta de um iceberg. A opinião pública vai aos poucos tomando consciência da farsa”, afirma.
Raimundo Bonfim cita a eliminação de programas como Minha Casa, Minha Vida, a ameaça ao SUS, a desvinculação de recursos em saúde e educação como graves ameaças. “A massa de trabalhadores está muito preocupada; a sociedade saiu às ruas com um discurso de combate à corrupção e agora vê que o governo é uma quadrilha.” Ele lembra ainda que o movimento sindical discute a possibilidade de parar algumas categorias.
A Federação Única dos Petroleiros informou em nota que, “diante dos ataques contra a Petrobras, o pré-sal e os direitos e conquistas da classe trabalhadora, que estão sendo desmontados pelos golpistas, a FUP e seus sindicatos indicam paralisação de 24 horas no dia 10 de junho”.

Movimentos espontâneos

“Estão crescendo também as manifestações espontâneas em atos, shows e todas as atividades, tudo num crescendo, com vistas ao próximo dia 10”, observa Bonfim. Ele, Amaral e Boulos destacam ainda a espontaneidade de ações, protestos e atos políticos como um aspecto que mostra a tendência de crescimento das mobilizações.
Para Amaral, a mídia está escondendo a importância das manifestações contra o governo Temer e o impeachment, e também oculta o caráter espontâneo de algumas delas, como as que foram vistas na Parada LGBT, ontem (29), em São Paulo. “A grande mídia praticamente não registrou o significado das manifestações em São Paulo no domingo. A Folha colocou a informação numa página do segundo caderno (Cotidiano).” Cerca de 3 milhões de pessoas passaram pelo evento, segundo os organizadores, e muitos deles protestaram.
Para Boulos, essa espontaneidade, além dos atos agendados, tende a crescer. “As pessoas estão percebendo que seus direitos básicos estão sendo atacados. Quando entra um governo sem voto nenhum a aplicando um programa que não foi eleito por ninguém, isso certamente vai levar as pessoas a reagir. As mulheres, o povo da cultura, os sem-teto, em relação aos cortes do Minha Casa Minha Vida, entre outros, têm feito muitas mobilizações.”
Ações ainda não confirmadas ou deliberadamente não divulgadas devem proporcionar um aumento de mobilizações. “Uma parte do calendário de mobilizações é público e está sendo divulgada. Outra parte não, porque são ações de outra natureza, de impacto. Mas nas próximas semanas haverá ações importantes. Eu diria nos próximos dias já”, garante Boulos.
Entre elas, protestos dos sem-teto contra a suspensão do Minha Casa Minha Vida. “Vão pipocar várias ações pelo país, já agendadas. Mas não vai haver divulgação prévia. Haverá ações como essas e outras iniciativas”, promete.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

O que a audiência a Alexandre Frota tem a ver com o estupro coletivo no Rio

Por: UOL Notícias - Blog do Mário Magalhães

 Frota, “Mendoncinha'' e um líder pró-impeachment – Foto reprodução internet

A princípio, nada, responderia um idiota da objetividade.
Não é bem assim.
Uma adolescente de 16 anos contou que acordou nua domingo no Rio com dezenas de homens ao seu redor. “Mais de 30 [a] engravidou [sic]'', contabilizou um deles na internet, onde foi veiculado vídeo em que o grupo de agressores se regozija com o estupro da garota.
Na quarta-feira, o ator Alexandre Frota foi recebido em audiência pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Um dos líderes do movimento pró-impeachment acompanhava o protagonista de filmes pornô. Frota escreveu: “Estive com o ministro da Educação hoje e pude colocar algumas ideias para ajudar um país que eu amo''. Das ditas ideias constam sugestões fascistoides, inspiradoras da lei que, na terra de Zumbi dos Palmares, permite demitir professor que criticar a escravidão.
Há erros de foco nas críticas ao encontro no Ministério. Elas se salpicam de moralismo ou falso moralismo, devido à atividade profissional do ator. A despeito de o cidadão Frota ser porta-estandarte de valores e atitudes abomináveis, o escândalo mais grave não é dele, e sim de um dos principais mandachuvas do governo Michel Temer.
Mendonça Filho aceitou recepcionar um sujeito que se gabou na televisão por ter feito sexo sem consentimento com uma mãe de santo. Desprezando o eufemismo, estuprando-a. Narrou a “façanha'' diante de gargalhadas do apresentador Rafinha Bastos, aplausos da plateia e urros de admiração nas redes. Ao ser violentada, a mulher desmaiou. Mais tarde, Frota alegou que o relato não passara de ficção, um número de show. Mas, na TV, esclarecera a natureza do “espetáculo'': “Eu contando várias histórias que aconteceram na minha vida''.
Ao reagir a uma servidora pública que o censurou, o ator deu queixa à polícia e publicou na internet, em tom de ameaça: “Você não precisa se desgastar, ativista de merda. Só eu vou falar. Não tenho medo de ativista, de Ministério Público. Não me intimido com você, nem com sua amiguinha nojenta. Se precisar serei, sim, fundamentalista, homofóbico, a porra que for, mas essa onda você não vai surfar. (…) Estou aqui esperando o camburão. Não veio me buscar até agora. Ativista aproveitadora. Enquanto sua página em 43 dias conseguiu 6 mil curtidas, a minha, em 48 horas, teve 11.600 de apoio. Veja bem, o dobro. Eu nunca vou te esquecer. Essa página foi criada para que você sempre se lembre de mim”.
Foi tal ser medieval, protagonista desse episódio conhecidíssimo, de vasta repercussão, que o ministro atendeu de braços abertos. São chapas, companheiros da campanha pelo impeachment da presidente constitucional Dilma Rousseff. Prestigiando Frota, Mendonça Filho endossa a cultura de permissividade. Permissividade com a barbárie, com a cultura do estupro. A cultura em que a mulher é sempre considerada culpada. Como já se observa em manifestações cretinas responsabilizando a jovem pelo crime de que foi vítima.
Prócer do DEM, Mendonça Filho é o tal “Mendoncinha'' citado por Renan Calheiros em conversa gravada por Sérgio Machado. O ex-presidente da Transpetro sentenciou: “Um cara mais corrupto que aquele não existe, Pauderney Avelino''. Renan emendou: “Pauderney Avelino, Mendoncinha''.
O tapete vermelho oferecido a Alexandre Frota é um recado ao Brasil: faça o que fizer, diga o que disser, este governo estará ao seu lado. O ministro dá exemplo. Valoriza quem se vangloria e ri por ter feito o que fez ou falado que fez. Os algozes da adolescente também riram e se vangloriaram. No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos.
Em meio ao barulho provocado por tamanhas insensatez e covardia, a Secretaria dos Direitos Humanos mantém o silêncio sobre a audiência a Alexandre Frota. Ao aceitar o cargo de secretária, Flávia Piovesan chancelou o rebaixamento do status do Ministério, que virou secretaria. Pelo visto, não foi o único rebaixamento. Noutros tempos, Piovesan teria repudiado a presença do ator no Ministério da Educação.
Também noutros tempos, nem tanto tempo assim, a confraternização entre o ministro da Educação _da Educação!_ e Alexandre Frota teria merecido primeiras páginas e ao menos menção nos noticiários televisivos noturnos.
Noutros tempos.

Acordei e tinham 33 caras em cima de mim, diz menor que sofreu estupro Compartilho este texto em Solidariedade a todas as mulheres.

  
Compartilho este texto em Solidariedade a todas as mulheres.
Hoje acordei desejando nunca mais acordar
O sol brilha lá fora
Mas aqui dentro faz tanto frio.
Me tocaram
Da pior forma que se pode tocar uma mulher.
Era uma noite de festa
Dança
Paixão
Juventude
Mas tudo se perdeu num copo
Num drink
Num gole.
Meu namorado me dopou
Me drogou.
Lembro das primeiras conversas
Do primeiro beijo
Do primeiro abraço.
Eu pensava que naqueles braços
Eu iria encontrar proteção.
Eu estava enganada.
O crime da noite passada não tem perdão.
Na minha cabeça as luzes brilhavam
Tudo girava
Escutei vozes
Risadas
DEBOCHE!
Quando acordei estava pelada
Penetrada
Violada
30 bichos em cima de mim
30 monstros
30 bichos papões
30 pesadelos
30 HOMENS.
Eu me senti pequena
Indefesa
Chamava por minha mãe
Mas ninguém me escutava
Ninguém prestava atenção em mim
Eles devoravam meu corpo
Me machucavam cada vez mais
E quanto mais eu chorava
Mais eles gostavam
Meu pai não estava lá pra me defender
Eu queria correr
Fugir para embaixo da minha cama
e me esconder.
APAGUEI.
Acordei jogada num canto
Sem roupa
Sem alma
Sem vida
Apenas DOR.
Uma dor tão forte
Que eu não conseguia nem chorar.
O bicho papão tinha ido embora
O monstro não estava mais ali
A legião de demônios havia desaparecido
Os homens foram embora.
Mas, eu ainda estava no inferno.
Abraçar minha mãe já não traz alívio
A proteção do meu pai não pode me salvar mais.
Eu posso me esconder debaixo da cama
Eu posso me esconder em qualquer lugar
A DOR NÃO VAI PASSAR
NÃO VAI PARAR
NÃO VAI SUMIR.
Minha alma foi estuprada naquela noite
Meu coração foi penetrado
Minha mente está cheia de gozo
Minha boca está com um gosto amargo.
Sei que a vida vai continuar
Eu vou estudar
Trabalhar
Talvez eu volte a sorrir
Meu corpo vai sarar
A ferida vai cicatrizar
Quem sabe eu volte a namorar.
Mas, a minha alma e o meu espírito
Foram levados
Foram roubados
Dilacerados
Viraram cinza.
Quando um homem estupra uma mulher
Ele está estuprando uma menina
Uma moça
Uma mãe
Uma filha
Uma irmã
Uma avó.
Eu clamei por Deus
Clamei por meus pais
Clamei por socorro
Mas os monstros não tem ouvido
Não tem alma
Não tem coração.
Eles estão por toda parte
No ônibus
No metrô
No mercado
Na escola
No trabalho
Dentro de nossa casa.
Mas, quem vai nos salvar?
Eu não sei.
Prazer, meu nome é MULHER
E eu morri aos 16.

-Helena Ferreira.
Em homenagem a todas as mulheres do mundo!
A dor de vocês também é minha.
Minhas Homenagem a todas as Mulheres! Kaká PSOL Osasco Núcleo Solidariedade Socialista

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Domingo (22): 2º Ato Temer, Jamais! Resistir Nas Ruas Por Direitos

Postado: Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Grande mobilização contra o governo golpista de Michel Temer! Temos que dar sequencia na luta! Nenhum dia de sossego!
Vamos todos as ruas! 
Golpistas, fascistas não passarão!!!
Golpistas, fascistas não governarão!!!

Temer Jamais! Resistir nas ruas por direitos!
Essa semana trouxe um desfecho para o projeto golpista. A articulação que começou logo após o fim do segundo turno das eleições de 2014 e culminou com o afastamento da Presidente Dilma Roussef alcançou seu resultado lançando mão de todos os meios possíveis.
Teve como grande articulador um ex-presidente da Câmara envolvido em inúmeros escândalos de corrupção, apoiado por um poder judiciário especializado em vazar provas de maneira parcial e uma mídia que não se envergonhou em assumir a posição de defensora do golpe.
As milhares de pessoas que foram às ruas nas últimas semanas para defender a democracia sabem que o que estava em jogo não era apenas a substituição de uma presidente. O golpe armado representa também o início de uma escalada de repressão aos lutadores e lutadoras e carta branca para ascensão de um ajuste econômico ainda mais cruel para os trabalhadores.
Michel Temer quer passar a figura de pacificador do país. Nós tomaremos as ruas para dizer que não haverá paz para a Casa Grande! Não aceitaremos um presidente ilegítimo fruto de um golpe! Não aceitaremos uma Ponte para o Passado que pretende retirar direitos trabalhistas, ampliar a privatização e cortar programas sociais!
Aqui Está o Povo Sem Medo!
A saída é pela Esquerda!

Serviço:
Domingo (22)
17h, no Largo da Batata (SP)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Não ao golpe! Em Defesa da democracia. Nenhum direito a menos.

Postado: INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA

Tudo indica que estamos a poucos dias da consolidação de um golpe de Estado perpetrado pelo grande capital e suas representações na direita parlamentar, na mídia, em setores do judiciário e do Ministério Público.
Diante dessa ameaça que vem sendo orquestrada há meses, a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, juntamente à Frente Povo Sem Medo e em unidade com demais frentes e setores sociais, buscou construir a resistência levando às ruas centenas de milhares de pessoas contra o golpe e as saídas que a direita quer impor ao país. O golpe à democracia já se faz sentir também com a escalada da criminalização dos movimentos sociais no parlamento, no judiciário e através da violência armada do Estado ou de capangas que vitima sem tetos, sem terra e estudantes.
Não apoiamos o governo Dilma e combatemos as medidas que atacam os direitos, como o PLP 257 e o ajuste fiscal, mas em nenhum momento vacilamos na articulação ampla para barrar o golpe ao mandato presidencial, à democracia e, sobretudo, aos direitos sociais e ao patrimônio público.
Os golpistas agiram para instalar um governo impostor e ilegítimo para liquidar o patrimônio público, aniquilar direitos trabalhistas, tornar sem efeito as conquistas sociais da Constituição de 1988 e esvaziar as políticas públicas para garantir a super acumulação de capitais de um punhado de bilionários, que via de regra são os financiadores das campanhas eleitorais e quem de fato comanda os destinos do Brasil. Temer, Cunha, Renan, Paulinho, Bolsonaro e os demais picaretas da maioria do congresso são apenas executores dos planos do grande capital, nacional e estrangeiro.
A decisão do STF de afastar Cunha é importante, mas o contexto em que essa decisão foi tomada mais parece uma forma de dar respaldo ao golpe comandado pelo inominável presidente da Câmara.
Os mal chamados “Ponte para o Futuro” e “Travessia Social”, programas anunciados pelo ilegítimo Temer demonstram os objetivos do golpe: entregar o pré-sal, a Petrobrás e o setor elétrico ao capital estrangeiro, aprofundar o processo de transferência da infraestrutura ao setor privado e recolocar na agenda das privatizações o Banco do Brasil, a Caixa e os Correios.
A legalização da fraude da terceirização em todas as atividades econômicas, o fim dos direitos trabalhistas garantidos na lei, o fim da valorização do salário mínimo e a efetivação da reforma da previdência para impedir o aceso de milhões à aposentadoria são as medidas anunciadas para a salvação dos interesses do grande capital, ainda que isso signifique colocar a maioria da população, os pobres e a classe média na ponte para o inferno e a miséria. O avanço sobre as terras indígenas com a PEC 215 também ganhou força com o golpe.
Ainda nesta semana, o ilegítimo Temer deu várias entrevistas assumindo o compromisso com essas pautas regressivas. Também nessa semana, no dia 04/05, recebeu as representações patronais e se comprometeu com esse programa de extermínio dos direitos e do futuro da imensa maioria do povo brasileiro.
A Intersindical não reconhece esse governo “vende Pátria”, impostor e ilegítimo e somará esforços com a Frente Povo Sem Medo e demais setores sociais em luta para defender a democracia, a soberania nacional e os direitos sociais ameaçados.
– Fora Temer. Nenhum reconhecimento ao governo impostor, ilegítimo e golpista! 
– Em defesa do pré-sal e da soberania nacional. Não às privatizações. Petrobrás, BB, Caixa, Correios e setor elétrico pertencem ao povo brasileiro!
– Nenhum direito a menos. Temer: tire suas mãos sujas dos direitos da Constituição, da CLT e da Previdência Social. Chega de terceirização!
– Abaixo o PLP 257. Em defesa do serviço público, do papel social do Estado e da valorização dos servidores públicos;
– Em defesa da democracia: não à criminalização das lutas. Pelo direito de organização e de autonomia dos movimentos sociais.    

São Paulo, 06 de maio de 2016.
Executiva Nacional
Intersindical Central da Classe Trabalhadora

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Morre aos 83 anos o camarada Waldemar Rossi, exemplo de combatividade, militância sindical e fé

Postado: INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA

O velório acontece nesta quinta-feira (5), na Quadra dos Metroviários (Rua Serra do Japi, 31, Tatuapé) das 7h até às 12h , de lá sai em cortejo até a Catedral da Sé, onde às 14h ocorrerá Missa de corpo presente com D. Angélico e às 16h sai em cortejo para o Crematório da Vila Alpina.
O camarada Waldemar Rossi, militante operário conhecido por sua coerência e combatividade, nos deixa aos 83 anos, mas seu legado de resistência, fé, integridade e organização da classe trabalhadora permanecem.
Waldemar já estava internado no Hospital do Servidor Público há quase um mês, com o coração fraco e corpo debilitado. Faleceu nessa quarta-feira (4).
Durante o 1º Congresso da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Waldemar deixou uma mensagem gravada de encorajamento aos militantes.Assista aqui.
Trajetória
Começou a vida de trabalho como “bóia-fria”, aos 10 anos de idade, em sua terra natal, Sertãozinho – SP. Dos 13 aos 27anos  trabalhou como pedreiro, tendo vivido experiências como balconista e em usina de açúcar.
Em 1955 conheceu a JOC (Juventude Operária Católica) e, através dela, se inseriu na luta de classes, inconformado por ver seus “irmãos” explorados.
Em 1960, foi convidado a assumir a coordenação da JOC na Região Sul (SP-PR-SC). Nesse estágio, descobriu que a industrialização do Brasil se dava alicerçada na metalurgia. E após muito refletir sobre a importância de se engajar pra valer nessa luta, decidiu procurar trabalho numa fábrica metalúrgica, abdicando da profissão original, a construção civil.
Tornou-se dirigente da Pastoral Operária e em 1967 encabeçou a “Chapa Verde”, em oposição aos interventores, que estavam a serviço da ditadura militar.
Os interventores administravam o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Incansável pela luta dos trabalhadores, em 1972, Rossi, pela segunda vez, organiza outra chapa para disputar a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Durante esta década de 70, atua na organização de comissões de fábricas clandestinas e, em 1980, participa ativamente da construção da CUT – Central Única dos Trabalhadores – e do Movimento de Oposição Sindical Metalúrgica. Também foi um dos fundadores do PT – Partido dos Trabalhadores e anos depois filiou-se ao PSOL.
Sua história é um exemplo de luta incansável, dedicação e compromisso com a classe trabalhadora. Metalúrgico aposentado, também esteve presente na Comissão Nacional da Verdade, que investigava os crimes da ditadura militar no Brasil.
O camarada Waldemar Rossi deixa sua companheira Célia, seus cinco filhos, além de genro, noras e netos e milhares de militantes de esquerda no Brasil.
Saudação de Waldemar Rossi ao 1º Congresso da Intersindical

Em vídeo gravado no último 19/03, Rossi saúda coerência da Intersindical e defende o classismo e a independência sindical.
O 1º Congresso da Intersindical Central da Classe Trabalhadora prestou uma homenagem ao grande companheiro Waldemar Rossi, falecido nesta quarta-feira. Como o companheiro já estava bastante doente e sem condições de se deslocar, Waldemar gravou um vídeo em que destaca a persistência da Intersindical em construir uma central classista e com independência dos patrões, dos partidos e das religiões.
No vídeo de mais de 5 minutos projetado durante o congresso, Rossi falou da necessidade de se construir uma central baseada na organização de base e na independência política, fez críticas à condução do chamado Conclat de Santos em 2010 entre outros desafios para o movimento sindical combativo.
Veja versão editada de pouco mais de um minuto, em respeito ao momento de consternação por seu falecimento. Em outra ocasião propícia, divulgaremos o vídeo na íntegra.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Carta aberta à população sobre a Greve dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Vinhedo (SP)

Todo ano, os trabalhadores do serviço público municipal de Vinhedo se reúnem para avaliar as possibilidades de melhorias de suas condições de trabalho e de valorização profissional. A partir de reuniões e assembleias, organizamos uma pauta de reivindicações que é apresentada à administração municipal.
Costumamos apresentar nossa pauta de reivindicações com bastante antecedência em relação à chamada data-base, que é o momento previsto para se encerrarem as negociações feitas todo ano entre Sindicato e Prefeitura. A data-base dos servidores públicos de Vinhedo foi estabelecida no início de maio.
A população da cidade tem direito a serviços públicos de qualidade. E a valorização do servidor público de Vinhedo é fundamental para que isso ocorra.
Entretanto, embora o governo Jaime Cruz tenha dito que os servidores merecem “respeito e atenção”, ele tinha proposto até quinta-feira passada que nosso reajuste salarial fosse de 3%. Esse índice representaria perda salarial, dado que a inflação foi de aproximadamente 9,7% no último ano (de acordo com o INPC). Diante da rejeição dos servidores a essa proposta, a Prefeitura propôs no final do dia 28/04 o reajuste no salário de acordo com a inflação do último ano.

Essa nova proposta representou uma importante conquista de nossa mobilização, mas ela não prevê que o conjunto de nossos rendimentos também não sofram perdas. De acordo com a proposta atual da Prefeitura, os recursos com que contamos para transporte e alimentação sofrerão as perdas inflacionárias do último ano.
O governo Jaime, desde o início da campanha salarial deste ano, tem divulgado que deveríamos ter perdas em nossos rendimentos, alegando dificuldades econômicas.
Mas nos perguntamos: por que diante dessas dificuldades o governo gastou tanto dinheiro na Festa da Uva? O que o governo Jaime fez com os recursos que vinham sendo utilizados para pagar um 14o salário aos servidores e que deixaram de ser comprometidos com essa finalidade a partir de 2015?

Entendemos que o serviço público de qualidade tem que ser prioridade e que o problema atual não é de falta de recursos, mas de falta de vontade política. Não podemos aceitar que um governo com ambições de se reeleger queira acostumar os trabalhadores do serviço público a perdas em seus rendimentos. Por isso, convidamos toda a população a abraçar essa luta contra a desvalorização dos servidores públicos de Vinhedo. Essa greve é fundamental para continuarmos nossa luta por um serviço público de qualidade na cidade.
Só a luta muda a vida!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

1° de maio contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais

Postado: INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA

O 1° de maio de 2016 não poderia ter outro mote, diante do golpe de Estado imposto ao Brasil pelo grande capital e a direita. Em todas as regiões do país, a Intersindical se pautou pela defesa da democracia e dos direitos sociais ameaçados. Na capital paulista, a Central esteve presente nas duas manifestações combativas, como no Vale do Anhangabaú, que reuniu mais de 100 mil pessoas e ainda no início da manhã, na Praça de Sé. No Vale Anhangabaú, o ato unitário foi convocado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.
“O momento é muito delicado. Além do governo atual, que nós nunca defendemos, está em jogo a democracia”, ressaltou Nilza Pereira, da Executiva Nacional da Intersindical na manifestação da Pça da Sé, que reuniu cerca de mil pessoas. De acordo com ela, é preciso ir aos locais de trabalho dizer às trabalhadoras e trabalhadores que se atualmente nossos direitos estão em jogo, com o Michel Temer tende a piorar muito mais. “Nós (da Intersindical) pensamos que o momento é de unidade, por isso estamos junto com os trabalhadores que estão construindo a Frente Povo Sem Medo”, disse Nilza.
No Anhangabaú, o Secretário Geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, compôs o bloco de falas das centrais sindicais que expressaram suas posições para a Presidenta Dilma Rousseff, presente naquele momento. “A Intersindical não apóia seu governo, presidenta, mas não temos dúvidas em nos somar aos movimentos sociais para enterrar o golpe que essa direita está impondo ao povo brasileiro”, disse Índio.
“O que está em curso é um golpe contra a democracia, contra a classe trabalhadora, contra as mulheres, os negros, à comunidade LGBT e todos os setores mais prejudicados do nosso povo”, disse. “Falamos aqui dos articuladores públicos do golpe, de gente da laia de Eduardo Cunha, do picareta do Temer, do picareta do Paulinho da Força e do fascista Bolsonaro. Mas precisamos também falar dos que estão ‘articulando por fora’, como o Skaff da FIESP, que diz que não quer pagar o pato. Senhor Skaf, golpista, pague impostos sobre suas fortunas e jatinhos. O golpista Roberto Setúbal, dono do banco Itaú, que pratica extorsão do povo brasileiro cobrando juros de mais de 600% da população endividada”, enfatizou Índio. Não reconheceremos nenhum governo ilegítimo, fruto de um golpe e a classe trabalhadora vai lutar, vai paralisar esse país para enterrar os planos dos golpistas de acabar com os direitos sociais e trabalhistas, de ampliar a terceirização e as privatizações e acabar com as políticas sociais para garantir ainda mais lucros para um punhado de bilionários. Não haverá a paz dos cemitérios que os golpistas querem. Vai ter é muita luta. A Frente Povo Sem Medo e a Brasil Popular anunciaram um calendário de enfrentamento ao golpe e em defesa dos direitos. 
Em seu discurso, a presidente Dilma explicou os créditos suplementares de seu governo, relacionou o golpe a seu mandato com o ataque à política de valorização do salário mínimo e do Bolsa-Família e dos direitos trabalhistas, como o negociado sobre o legislado e anunciou algumas medidas do governo.

Homenagem a Waldemar Rossi
Na Pça. da Sé os trabalhadores homenagearam o grande lutador Waldemar Rossi, que está hospitalizado. “Meus pais nunca negaram a realidade para a gente. O que nos motiva é que meu pai construiu com muita gente e tem vários filhos espalhados aqui. É o que me motiva a sempre estar na militância”, disse Sergio Rossi, filho de Waldemar.