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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dia mais sangrento da ofensiva israelense deixa 119 mortos e 500 feridos em Gaza

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Reprodução

Total de mortos chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, incluindo mulheres e crianças

31/07/2014

Da Redação*

As Forças Armadas de Israel mataram 119 palestinos e deixaram mais de 500 feridos na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (30). As informações são dos agentes humanitários em território palestino. Com esses números, ontem foi o dia mais sangrento desde o início da atual ofensiva militar israelense.

O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, especificou que os dois episódios mais graves ocorreram quando o Exército israelense atingiu uma escola gerida pela ONU no norte da Faixa de Gaza e um mercado na capital.

O porta-voz detalhou que o total de mortos desde o início da ofensiva israelense, que começou em 8 de julho, chega a 1.349 e os feridos são mais de 7,5 mil, a maioria civis, inclusive mulheres e crianças.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, declarou hoje (31) a Faixa de Gaza como "área de desastre humanitário" e pediu à comunidade internacional para proteger e dar assistência à região devastada pela ofensiva israelense.

O dirigente palestino acusa Israel de cometer crimes de guerra e aconselha a ONU a pressionar as instituições internacionais para que enviem ajuda de emergência à Faixa.

*com informações do Opera Mundi

terça-feira, 29 de julho de 2014

Intersindical e Bancários de Santos apoiam greve dos professores de Guarujá filiada ao Feproem.

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Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e o Sindicato dos Bancários de Santos e Região estão solidários à greve dos professores municipais do Guarujá, que lutam por melhores condições de trabalho. Nesta terça (29/7) a paralisação completa 12 dias e entre as reivindicações está o reajuste salarial de 8%.

Na tarde de ontem (28/7), parte da diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos se juntou às centenas de Intersindical_professores Guaruj__3trabalhadores que estavam na porta da Prefeitura do Guarujá. O grupo se manifestava na frente do Paço Municipal enquanto lá dentro acontecia reunião de negociação. Após quase 4 horas de debate, o encontro terminou sem nova proposta de reajuste.

“A professora Antonieta a vida inteira defendeu a sua categoria, que inclusive ajudou a elege-la. Agora, a prefeita Antonieta arroxa o salário de seus colegas professores. É lamentável.”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big.

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

‘Sempre que houver a menor ameaça de mobilização social, teremos suspensão de direitos básicos’

 

ESCRITO POR COLETIVO COPA; EDIÇÃO DO CORREIO DA CIDADANIA

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A Copa do Mundo chegou ao final e já estamos voltando à realidade nacional, entrando de cabeça no clima eleitoral e toda a sua renhida disputa política. O debate entre as correntes políticas dominantes e o movimento social continuará em cena, talvez de forma mais intensa do que no período dos jogos. E algumas questões só poderão ser respondidas com o tempo.

“Sobre a Copa, houve muito erro tático e estratégico dos movimentos que estavam se organizando para protestar. Eles tinham tudo para ganhar volume, tudo. As condições eram muito favoráveis. Até muito poucos dias antes de a Copa começar, metade da população estava com sentimentos contrários à Copa. Mas não tiveram a capacidade de organizar a insatisfação e dá-la expressão política sólida”, disse Pablo Ortellado, em nova entrevista concedida ao Coletivo Copa, que se pautou em uma produção jornalística alternativa durante o evento futebolístico.

Além da análise da atual dinâmica da movimentação social, com os diversos matizes oferecidos por grupos que vêm ocupando importante espaço na política (que Ortellado entende como um processo de continuidade ao comandado pelo PT desde o final dos anos 70, porém, com movimentos descolados do partido), o ativista oriundo do “autonomismo brasileiro” joga o olhar para os próximos tempos, em sua visão acossados por uma sombria experiência de suspensão de direitos civis básicos, vivida durante a Copa.

“Se o PT, principalmente, por ter raízes no movimento social, pensa que suspender direitos, excepcionalmente, não vai deixar marcas profundas na sociedade, está muito enganado. Viveremos durante muito tempo sob a sombra desse regime de exceção. Porque as instituições vivenciaram a experiência de que podem suspender direitos civis e nada acontece. Você acha que é só na Copa, que depois voltaremos a um regime de normalidade? Não vamos voltar à normalidade! Vamos viver dias muito ruins por conta do que aconteceu na Copa. Provavelmente, trata-se de seu legado mais perigoso”, afirmou.

A entrevista completa com Pablo Ortellado pode ser lida a seguir.

Na primeira pergunta, gostaríamos que você falasse um pouco de como, antes mesmo de ser uma referência no assunto mobilização política das manifestações de rua, você se encaixou nas lutas. Como foi sua trajetória de ativismo?

Pablo Ortellado: Minha história no ativismo é dos anos 80. Eu sou da geração do punk que fez a passagem para o ativismo no ano de 1987, quando o punk se aproximou do anarquismo, principalmente do velho anarquismo sindical, e nos encontramos no Centro de Cultura Social (CCS), nos anos de 1987 e 1988. Participei das mobilizações do final dos anos 80, na época da redemocratização e da nova Constituição. Segui uma trajetória de militância que no final dos anos 90 passou para o movimento antiglobalização. Em seguida, estava envolvido na fundação do Centro de Mídia Independente e no processo que levou à fundação do MPL. Uma trajetória, do ponto de vista de corrente ideológica, ligada à origem do ‘autonomismo brasileiro’.

Professora Márcia Tavares Deputada Estadual 50650

#Mudarpravaler a educação em nosso País com Alexandre Castilho Deputado Federal 5044 e Professora Márcia Tavares 50650. #TemPSOL

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Anvisa quer padronizar embalagens de cigarro

cigarro#Cigarro #Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem uma proposta para padronizar as embalagens dos maços de cigarro. A ideia é que elas tenham uma cor única e não apresentem nenhum item visual que possa ter apelo ao público, como elementos gráficos ou textura. A agência também quer estabelecer que a maior parte das embalagens contenha imagens e frases de advertências sobre os males do tabagismo.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso à proposta, a iniciativa é de autoria do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. Ele pretende submeter o texto para análise de outros diretores da agência até outubro deste ano e, depois, entregá-lo ao Congresso para que um parlamentar apresente a proposta como projeto de lei.
A Austrália foi o primeiro país a padronizar as embalagens de cigarro, em 2012. A política foi elogiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou a medida como a última etapa para acabar com propagandas do tabaco.
Ao jornal, a Associação Brasileira da Indústria de Fumo (Abifumo) considerou que a implementação de embalagens padronizadas de cigarro “viola a Constituição e tratados internacionais de comércio exterior”.
Fonte veja

sábado, 26 de julho de 2014

Lançamento dos candidatos do PSOL Osasco

Convidamos todos militantes e ativistas, população de Osasco para o lançamento dos candidatos do PSOL Osasco que vão disputar na eleição 2014 para Deputado Federal e Estadual.

Presença confirmada do companheiro Maringoni candidato a governador 50

Sábado dia 02 Agosto de 2014 na APEOESP - Osasco #Mudarpravaler

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Márcia Tavares

Valdecir Vandão

Eduardo Recchi

Valter Queiroz

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Seminário A Terceirização no Brasil

Impactos, Resistência e Lutas - Dias 14 e 15 de agosto de 2014 Brasília DF

Fórum Nacional Permanente em Defesa dos Direitosdos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização

Terceirização

O Fórum Nacional Permanente em Defesa dos Direitosdos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, em parceria com o Grupo de Pesquisa “Trabalho, Constituição e Cidadania”, vinculado à Faculdade de Direito da UnB e registrado na Plataforma Lattes, no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil, convidam para o Seminário "A Terceirização no Brasil: Impactos, resistências e lutas", a realizar-se nos dias 14 e 15 de Agosto de 2014, no Auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em Brasília. 

           O evento, construído com o apoio da ANAMATRA, da ANPT, do CESIT, da OAB, da FES, da Industriall, da CONTRAF, da CUT, da Intersindical, da CSI e da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, tem como público alvo magistrados, parlamentares, procuradores e auditores fiscais do trabalho, advogados trabalhistas, pesquisadores e estudiosos do mundo do trabalho, lideranças sindicais, assessores jurídicos sindicais, trabalhadores, estudantes e representantes de movimentos sociais.

              Trata-se de evento acadêmico/político, com apresentação de pesquisas acadêmicas sobre o tema da terceirização, em seus vários aspectos, e com espaço específico à construção de alternativas ao problema, por parte das entidades que integram o FORUM e das entidades de assessoria sindical. O evento também oportunizará a discussão entre Ministros do Tribunal Superior do Trabalho - TST e Parlamentares sobre o tema da Terceirização. A abertura e encerramento do evento contarão com conferencistas, respectivamente, da área econômica e da sociologia (Professores Doutores Luiz Gonzaga Belluzzo e Ricardo Antunes). 

     As inscrições podem ser realizadas no endereço eletrônico trabalho-constituicao-cidadania.blogspot.com.br e também no local do evento (A emissão de certificados ficará limitada aos inscritos previamente pelo site). 

Confiram a programação completa do evento:

SEMINÁRIO "A TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL: IMPACTOS, RESISTÊNCIAS E LUTAS"
Primeiro dia: 14 de agosto de 2014

14h - Abertura do evento
Mesa Oficial de Abertura -
Saudação dos organizadores e das entidades apoiadoras que compuserem a mesa (ANAMATRA, ANPT, CESIT, OAB, FES, Industriall, CONTRAF, CUT, Intersindical, Confederação Sindical Internacional - CSI, Faculdade de Direito da Universidade de Brasília).
14h30 – Painel jurídico
Terceirização, limites jurídicos e normas internacionais de proteção ao trabalho.
Coordenação - Paulo Schmidt, Presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA
Palestrantes – José Roberto Freire Pimenta, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, e Roberto Caldas, Juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Debatedor: Luís Antônio Camargo de Melo, Procurador- Geral do Trabalho.
17h30 – Coquetel
18h – Conferência de abertura
O capitalismo contemporâneo e seus impactos na regulação social do trabalho e a Terceirização.
Conferencista: Prof. Dr. Luiz Gonzaga Belluzzo, Economista, Professor Titular aposentado do IE/UNICAMP, Professor e Diretor da Faculdade de Campinas/FACAMP, incluído no Biographical Dictionary of Dissenting Economists entre os 100 maiores economistas heterodoxos do século XX e Prêmio Intelectual do Ano - Prêmio Juca Pato/2005.
Coordenação: Profa. Dra. Magda Barros Biavaschi. Pesquisadora. Desembargadora aposentada (TRT4). Integrante do Fórum Nacional em defesa dos trabalhadores ameaçados pela terceirização.
Debatedor: Ricardo Paiva, Representante do Movimento Humanos Direitos (MHUD)
19h30 – Mesa: Poderes da República e Terceirização. Limites e regulação. A Repercussão Geral e seus significados
Palestrantes: Paulo Renato Paim, Senador; Paulo Teixeira, Deputado Federal; Henrique Fontana, Deputado Federal; Mauricio Godinho Delgado, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho; e Kátia Magalhães Arruda, Ministra do Tribunal Superior do Trabalho.
Coordenação: Carlos Eduardo de Azevedo Lima, Presidente da Associação Nacional de Procuradores do Trabalho - ANPT.
Debatedor: Lélio Bentes Correa, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho e Perito da Organização Internacional do Trabalho.
Segundo dia: 15 de agosto de 2014
Mesa 1 (8h30 – 10h30)
A Terceirização e as Pesquisas Sociais - impactos no mundo do trabalho público e privado.

Coordenação: Marilane Teixeira, Economista, Pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho – CESIT/IE/UNICAMP.
Apresentações:
»» A Terceirização: Justiça do Trabalho e regulação: setor papel e celulose – Profª. Drª. Magda Barros Biavaschi, pesquisadora do CESIT/IE/UNICAMP sobre a Justiça do Trabalho e a Terceirização: “A Terceirização e a Justiça do Trabalho: diversidades regionais” e coordenadora do eixo terceirização do Projeto Temático “Contradições do Trabalho no Brasil Atual: formalização, precariedade, terceirização e regulação”. Desembargadora aposentada do TRT4 e Professora Colaboradora do IE/UNICAMP e do IFCH.
»» A Terceirização no setor privado – Profª. Drª. Gabriela Neves Delgado, Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e líder do Grupo de Pesquisa “Trabalho, Constituição e Cidadania” da Faculdade de Direito da UnB.
»» Trabalho e subjetividade: efeitos da terceirização – Prof. Dr. Cristiano Paixão, Procurador do Trabalho, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e integrante do grupo de pesquisa “Trabalho, Constituição e Cidadania”.

»» A Terceirização no setor petroquímico – Profª. Drª. Maria da Graça Druck, Professora Associada III do Departamento de Sociologia da FFCH da Universidade Federal da Bahia, pesquisadora do CRH/UFBA e do CNPq. Líder do Grupo de pesquisa “Trabalho, precarização e resistências”.
»» A Terceirização no setor bancário – Grijalbo Coutinho, Juiz do Trabalho e Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Coffee break
Mesa 2 (10h45 – 12h45)
A Terceirização, acidentes de trabalho e adoecimento: o sistema de fiscalização brasileiro.

Coordenação: Luiz Salvador, Vice-Presidente Executivo da Associação Latino Americana de Advogados Laboralistas – ALAL.
Apresentações:
»» Terceirização e os limites do assalariamento: mortes e trabalho análogo ao escravo - Vitor Filgueiras, pesquisador do CESIT/IE/UNICAMP, integrante do grupo de pesquisa “Indicadores
de regulação do emprego no Brasil”, Auditor Fiscal do Trabalho.
»» Adoecimento profissional e terceirização: indicadores – Profª. Drª. Margarida Barreto, Médica do trabalho, Doutora em Psicologia Social pela PUC/SP, Vice-coordenadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão Inclusão Social – NEXIN/PUC/SP.
»» As Ações Civis Públicas e o combate aos riscos criados pela terceirização – Prof. Dr. Ricardo José Macedo de Brito Pereira, Subprocurador do Trabalho, Pesquisador Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília, co-líder do Grupo de Pesquisa “Trabalho, Constituição e Cidadania”.

»» A terceirização e os acidentes de trabalho no setor petroleiro – Anselmo Ruoso, Petroleiro e Dirigente Sindical (Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina).
»» A terceirização e o adoecimento no setor bancário – Miguel Pereira, Dirigente Sindical, Secretário de organização do ramo financeiro da CONTRAF.
INTERVALO PARA ALMOÇO
Mesa 3 (14h30 - 17h)
Terceirização e atores sociais e coletivos: estratégias e regulamentação

Coordenação: representante do Grupo de Trabalho de Terceirização da CUT.
Participação – integrantes do FORUM e entidades de assessoria sindical (CUT, CTB, INTERSINDICAL, Industriall, Confederação Sindical Internacional - CSI, ANAMATRA, ALAL, ANPT, ABRAT, DIEESE).
Coffee break
Conferência de encerramento (17h30 – 19h)

A Terceirização: precarização, desafios e possibilidades de superação no mundo do trabalho contemporâneo.
Conferencista: Prof. Dr. Ricardo Antunes, Professor Titular de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP.
Coordenação: Profª. Drª. Gabriela Neves Delgado – Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – Líder do Grupo de Pesquisa “Trabalho, Constituição e Cidadania”.
Debatedores: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, e Helder Santos Amorim, Procurador do Trabalho.
19h - Saudação de encerramento: Ricardo Paiva, Representante do MHUD.
19h30 – Plenária Final – encaminhamentos.

domingo, 20 de julho de 2014

O Petróleo tem que ser nosso!

Alexandre Castilho petroleiro funcionário da empresa Petrobras sempre dedicou na sua vida política na Defesa do Petróleo tem que ser nosso! Alexandre Castilho Deputado Federal 5044
‪#‎mudarpravaler‬
‪#‎opetróleotemquesernosso‬!

O Petroleo tem que ser nosso!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ato de campanha de Luciana Genro na Avenida Paulista é agredido por policiais militares

http://lucianagenro.com.br/

Luciana GenroA candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, foi atingida por spray de pimenta enquanto fazia uma panfletagem na tarde desta sexta-feira (18/07), na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, em São Paulo. Dois policiais militares que passavam pelo local borrifaram spray de pimenta no grupo de mais de 100 pessoas, atingindo também militantes e candidatos e parlamentares, como o deputado federal Ivan Valente (PSOL), o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e o professor Gilberto Maringoni, candidato do partido ao governo estadual. Além disso, dois jornalistas do SBT estavam no local e também foram afetados.

Os policiais dispararam o gás de pimenta para baixo e, quando as pessoas perceberam, já estavam com dificuldades para respirar e com a garganta e os olhos irritados. Luciana Genro repudiou a ação em sua página no Facebook, onde afirmou que não será intimidada pela Polícia Militar. “Não nos intimidam com essa covardia. A cultura do abuso de poder da PM tem que ser enfrentada. Não podem agredir livremente. A luta segue!”

A candidata qualifica a atitude da polícia como fascista. “Policiais com comportamento fascistóide são resultado de um governo fascistóide, que reprime protestos e demite grevistas”, declarou.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Eduardo Galeano: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"

Eduardo GaleanoO exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças

Por Eduardo Galeano*

Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.

Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.

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Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.

Eduardo Galeano: “Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou”

Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.

E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.

A chamada “comunidade internacional”, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?

Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.

Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antisemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.

Fonte: Pragmatismo Político

MARINGONI GOVERNADOR

Convite plenaria final
Em SP, ‪#‎TemPSOL‬

COMPARTILHE A MUDANÇA

Historiador e professor da Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni aceitou o desafio de disputar o governo estadual em São Paulo. Sem contar com vultuosas doações de grandes corporações (ao contrário de seus principais adversários, que têm as três campanhas a governador mais caras do país), Maringoni apresenta uma plataforma de esquerda que pode mostrar um norte diferente aos eleitores, focado em questões vitais para uma administração progressista no estado mais populoso do país. A candidatura é pela Frente de Esquerda PSOL/PSTU, e convida a compartilhar a mudança nas ruas e nas redes. Em uma eleição cuja principal força está na plataforma reacionária que governa São Paulo há décadas é vital a necessidade de uma alternativa clara para mudança.

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mais de 55 mil trabalhadores sofreram acidentes com máquinas em 2013

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Divulgação

Ao todo, 55.118 pessoas foram mortas ou incapacitadas por máquinas perigosas e desprotegidas. Empresas resistem em cumprir e tentam suspender norma de uso

14/07/2014

Por Alessandro da Silva e Vitor Araújo Filgueiras 

Da Repórter Brasil
Todos os anos, milhares de trabalhadores brasileiros são mortos ou incapacitados por máquinas perigosas e desprotegidas. Em 2013, segundo dados das Comunicações de Acidentes de Trabalho ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), apenas 11 tipos de máquinas e equipamentos (como serras, prensas, tornos, frezadoras, laminadoras, calandras, máquina de embalar) provocaram 55.118 infortúnios, o que representa mais de 10% do total de 546.014 acidentes típicos comunicados pelas empresas no Brasil.
A Norma Regulamentadora Número 12 (NR 12), editada pelo Ministério do Trabalho (MTE), é o diploma jurídico a ser obedecido pelos empregadores brasileiros para evitar que esses acidentes aconteçam, contemplando as medidas essenciais para que seres humanos não se machuquem, incapacitem ou morram ao produzir os lucros dos seus empregadores.
Entretanto, parte das empresas brasileiras e suas entidades representativas não apenas tem resistido a cumprir a NR 12, como tem atuado em diversas frentes para tentar suspender a norma, o que acarretaria a perpetuação da carnificina verificada em nosso mercado de trabalho.
Empresas e seus representantes pedem mais prazos para continuar descumprindo a NR 12, mas não revelam que a norma existe há décadas, e sua atualização, em 2010, foi produto de negociação efetuada ao longo de anos e iniciada ainda na década de 1990, com a participação ativa e consentimento dos representantes empresariais.
A redação atual da NR 12 já está em vigor há quase quatro anos, e muito antes vigiam normas técnicas da ABNT e instruções normativas do MTE que incorporavam as exigências constantes na atual NR 12. Ou seja, além de ter sido negociada com a participação do patronato por anos, a redação de 2010 da NR 12 não traz novidades ao que já era tecnicamente previsto e aplicado pelas instituições regulatórias.
Permissão para acidentes?
Assim, ao contrário do que costumam fazer quando é conveniente para preservar seus interesses, alardeando e denunciando qualquer mudança nos instrumentos jurídicos que lhes beneficiam, agora empresas e suas entidades querem simplesmente rasgar o contrato que elas mesmas assinaram, materializado na NR 12.
Depois de tantos anos de amputações e mortes, qualquer adiamento ao cumprimento da NR 12, qualquer que seja o eufemismo adotado para designá-lo, efetivamente implicará a assinatura da permissão de acidentes, perda de entes queridos e sofrimentos de milhares de famílias dos setores mais vulneráveis da nossa sociedade.
Além disso, essa postura das entidades empresariais patrocina a concorrência espúria entre as empresas, pois mais de 4 mil empresas já regularizaram seu maquinário desde 2011, após interdição da fiscalização do Ministério do Trabalho. Isso também desmente a retórica vazia que vincula a NR 12 à preservação dos postos de trabalho, que na verdade não se relacionam com a proteção de vidas, tanto assim que as empresas continuam a operar normalmente após adequar seu maquinário.
Infelizmente, as entidades empresariais optaram por atacar a NR 12 para maximizar lucros de curto prazo de forma predatória, em vez de promover a concorrência leal e a evolução do mercado de trabalho brasileiro para um ambiente com menos mortes e sofrimento.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

INTERSINDICAL participa do Encontro Anti-Imperialista em Cochabamba/Bolívia

10 de Julho de 2014
Intersindical

Click para LER - TESE POLÍTICA ANTI-IMPERIALISTA 


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No Centro da foto o Secretário de Relações Internacionais da INTERSINDICAL, Ricardo Saraiva, o Big

Entre os dias 30 de junho e 02 de julho de 2014, na Cidade de Cochabamba/Bolívia, aconteceu o Encontro Sindical Internacional Anti-Imperialista com a participação da INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA e mais de 50 organizações e 1.200 militantes sindicais (com 150 delegados internacionais de 24 países).
A atividade foi promovida pela Federação Sindical Mundial (FSM), Central Obreira Boliviana (COB) em coordenação com o Estado Plurinacional da Bolívia e contou com a presença na abertura e encerramento do presidente boliviano Evo Morales. Logo no início, o Secretário de Relações Internacionais da INTERSINDICAL, Ricardo Saraiva, o Big, denunciou os gastos de R$ 34 bilhões que o Governo Dilma (PT) e os governos Estaduais fizeram para realização da COPA DO MUNDO, dinheiro público utilizado para financiar empreiteiras e grandes empresas, enquanto para as  áreas sociais não existe investimentos necessários para reverter as profundas desigualdades sociais que afetam nosso povo. Para realizar as obras, muitas famílias foram removidas de suas casas por meio da violência inaceitável do governo e que foram construídos estádios e alguns deles derrubados para serem reconstruídos para privilegiar poucos endinheirados. Além disso, as obras não deixam nenhum legado ao povo. Infelizmente os meios de comunicação brasileiros enviam notícias para o mundo que tudo corre as mil maravilhas.
Depois de salientar o que ocorre no País, Big denunciou as demissões de 42 metroviários, impostas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin(PSDB), bem como a truculência da Tropa de Choque da Polícia Militar(PM). Esta denúncia repercutiu nas duas falas de encerramento do Encontro. O Secretário Executivo da Central Operária Boliviana (COB), Juan Carlos Trujillo, fez questão de afirmar em dois momentos distintos que: "apesar de todos nós gostarmos de futebol, não podemos deixar de constar nas resoluções deste Encontro Sindical Internacional Anti-Imperialista o que o povo brasileiro vem passando pela  forma que está sendo realizada esta COPA DO MUNDO NO BRASIL
O Encontro aprovou por unanimidade a Tese Política anti-imperialista, contra as oligarquias e a hegemonia do capitalismo que denúncia a hegemonia política do império contra os países e povos. Como exemplo, foi lembrado o sequestro do avião do presidente boliviano, Evo Morales, que ficou retido por 14 horas em Viena (capital da Áustria) impedido de sobrevoar países da Europa, por ordem dos Estados Unidos. Num grave ato de intimidação ao governo soberano da Bolívia. Após a leitura feita por Juan Carlos Trujillo, as resoluções aprovadas se converteram em tese política que servirá como referência para enfrentar o capitalismo e unificar o movimento sindical classista internacional frente ao capitalista e o imperialismo. Isto refletiu sobre o programa de transformações políticas do processo boliviano, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de meio século, o processo de paz na Colômbia, a defesa da soberania da Venezuela, o direito da Bolívia à uma saída ao mar e da Argentina de recuperar as Ilhas Malvinas.

Evo Morales conclamou a classe trabalhadora a disputar os rumos dessa nova América e não permitir retrocessos e o secretário-geral da FSM, George Mavrikos, denunciou a hipocrisia do EUA e seus aliados em defender a democracia e os direitos humanos, “porém invadem e agridem nações. Na verdade, eles buscam o domínio político e o saque dos recursos naturais desses povos”.

O Secretário-Geral da COB, Juan Carlos Trujillo, disse que todos estavam ali para defender a unidade da classe trabalhadora, estratégia fundamental para o enfrentamento a essa ofensiva imperialista. O Encontro Sindical Internacional anti-imperialista deu um passo muito importante para o movimento sindical internacional e os setores populares.
“Nós da INTERSINDICAL, que temos compromisso para com um sindicalismo classista, e propomos o socialismo, como um modelo de sociedade diferente em favor dos trabalhadores e trabalhadoras e dos povos empobrecidos por este sistema capitalista, temos uma grande tarefa a realizar, finaliza Big”. Secretário de Relações Internacionais da INTERSINDICAL Central da Classe Trabalhadora.

"TRABALHADORES DO MUNDO UNI-VOS" KARL MARX
Relatório o Secretário de Relações Internacionais da Intersindical

Assistao Vídeo do ENCONTRO ANT-IMPERALISTA

INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA

terça-feira, 8 de julho de 2014

Camarada Plínio Presente!

Brasil perde um dos mais importantes políticos de sua história com a morte de Plínio. Socialista, de esquerda e apoiador de todas as lutas sociais do nosso povo, em especial da reforma agrária. Seu exemplo como militante de esquerda e cidadão nos enche de orgulho e, temos certeza, será sempre lembrado pelas gerações atuais e futuras como incansável combatente das lutas populares do Brasil. Descanse em paz Camarada Plínio!
Na campanha para presidente em 2010 no calçadão de Campinas aprendi muito com sua experiência e indignação com sua força de um militante Socialista em querer transformar essa Sociedade tão injusta.

Foto: Com o Camarada Plínio no final do calçadão em Campinas na eleição para presidente em 2010.

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Negocia prefeito!

Negocia prefeito

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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ações contra LGBTfobia nas escolas de Barueri: Relato da Audiência Pública na ALESP

10489813_863874916970881_1678610479911322077_nPor Talita Jacobelis, Professora do ITB Brasílio Flores
Nesta segunda-feira, 30 de junho, tivemos nossa audiência pública na ALESP sobre o caso de homof...obia no ITB Brasílio Flores de Azevedo, o ITB do Jardim Belval, em Barueri.
Estiveram presentes na audiência o Victor, aluno que sofreu os atos homofóbicos, eu que sou professora do Victor que estou acompanhando o caso, o Deputado Carlos Giannazi, o Bill Santos, ativista LGBT, a Célia, professora da rede FIEB que também acompanha o caso, a família do Victor representada por sua mãe, D. Romilda, seu tio, Sr Milton e sua irmã Karol, vários alunos dos ITBs, ex-alunos dos ITBs, representantes do movimento social RUA, representantes do movimento social JUNTOS, a OAB-SP e muitas outras pessoas de movimentos sociais ligados aos direitos humanos, às causas LGBT e sociedade civil em geral.
A direção da escola, acionada pelo próprio deputado Carlos Giannazi, não compareceu. Recusou-se a participar pois alega que não houve ato homofóbico algum na escola e que essa questão trata-se de um ato político.
Sim, direção! Isso é sim um ato político. Toda manifestação popular na luta por direitos civis é obviamente um ato político! E um ato político contra a homofobia que aconteceu sim dentro da escola, praticada por estudantes da mesma escola e endossada pela instituição através da negligência da direção e da ratificação do preconceito por parte da orientadora pedagógica e da própria diretora da escola.
E mais uma vez a escola reafirmou sua postura anti-democrática ao negar qualquer possibilidade de diálogo.

Fotos da Audiência  Pública

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domingo, 6 de julho de 2014

Poderes constituídos resguardam repressão estatal contra liberdade de protestar

Escrito por Ari Marcelo Solon

Correio da Cidadania

 

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Como bem observado por Kelsen, a burguesia quando acuada não cria nada, apenas regride (moral, política e filosoficamente) e recorre a mecanismos nitidamente fascistas para salvaguarda de seus ideais/argumentos meramente políticos, autoritaristas e opressores. Vale dizer, utilizam-se do conceito genérico e abstrato de “ordem pública” como meio legitimador de regressão (aqui, entendida como modo de defesa primitivo, como salientado por Freud) à ditadura para nulificar a legalidade e importância dos manifestos populares.

No Estado de São Paulo, temos verificado que todas as instituições (Polícia, Ministério Público e Judiciário) – que deveriam primar pelo Estado Democrático de Direito - estão alinhadas para resguardar o aparelho repressivo do Estado em detrimento da liberdade de Manifestação. Ou seja, atos nitidamente autoritários, opressores e fascistas estão sendo velados sob a argumentação de que é necessário repudiar as manifestações “supostamente” ilegais (mas, em verdade, oprimem muito mais os atos legítimos e legais).

No entanto, diferente do que se faz crer, a luta atualmente vivenciada não tem caráter corporal, exclusivamente partidarista ou político, mas um caráter nitidamente ideológico e principiológico.

Dadas essas considerações iniciais, tenho me questionado cada vez mais: Onde estão os estudantes de direito, do ensino público (e gratuito), principalmente os alunos da FADUSP, para reestabelecer o princípio organizador da Constituição e sepultar as ideias fascistas utilizadas como arrimo para perpetrar prisões ilegais em face de pessoas inocentes? O que estes alunos, que teriam competência material (e, por que não dizer, obrigação moral, legal e filosófica) para criar novas ideologias, estão fazendo para expurgar as atitudes autoritaristas e ilegais?

Conforme nota de repúdio publicada no dia 27.06.2014, expus minha indignação quanto à prisão efetuada no último dia 23.06.2014 em desfavor do nosso colega de universidade, Fábio Hideki, trabalhador da USP e funcionário da saúde.

Após manifestação popular na região da Avenida Paulista, policiais civis infiltrados efetuaram a prisão em flagrante de duas pessoas, dentre elas a do nosso colega Fábio, quando se encontrava no metrô para voltar à casa. Após abordagem e revista efetuada pelos policiais, e, mesmo estes não encontrando nada em posse de Fábio, como podem atestar diversas testemunhas, incluindo o Padre Júlio Lancelloti, os policiais alegaram que ele estava portando artefato explosivo e levaram-no preso.

Na delegacia, foi lavrado Boletim de Ocorrência (BO) e auto de prisão em flagrante que descrevem genericamente que Fábio seria um dos supostos líderes de grupo de manifestantes, vez que supostamente teria consigo papéis manuscritos. Ainda, segundo o BO, ele teria praticado os delitos de incitação ao crime, formação de quadrilha ou bando, resistência e desobediência, estatuídos nos artigos 286, 288, 329 e 330 do Código Penal, respectivamente. Ainda, teve contra si imputada a prática de porte de substância explosiva disciplinada no artigo 16, Parágrafo Único, da Lei n.º 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento), que sequer foi identificada nos autos.

Após constatar de forma iniludível que as circunstâncias autorizativas da prisão em flagrante eram de legalidade extremamente duvidosa, vez que se verificou a imputação de tipos abertos nas condutas supostamente praticadas e que levaram o Fábio à prisão, a Defensoria do Estado de São Paulo impetrou ordem de Habeas Corpus em 24.06.2014.

O HC indigitado apontou a latente inconsistência das acusações trazidas nos autos de prisão em flagrante, bem como o total descabimento da prisão cautelar.

Ainda, demonstrou-se em síntese que: (i) nada obstante o artigo 310 do Código de Processo Penal preceitue que em até 24h (vinte e quatro horas) o juiz deverá relaxar prisão ilegal ou convertê-la em preventiva, se presentes os requisitos que a autorizam. Juízo a quo não proferiu qualquer decisão mesmo após passadas 48h (quarenta e oito horas) da prisão em flagrante; (ii) a desarrazoada demora no proferimento de decisão, uma vez que o nosso colega seguia preso desde o dia 23.06.2014, exclusivamente em razão da prisão em flagrante, que, sem decisão judicial, tornou-se ilegal por vício de formalidade; (iii) a necessidade de concessão de liberdade provisória, pois, além do vício de formalidade constante no auto de prisão em flagrante, estão ausentes os requisitos autorizativos da prisão preventiva, notadamente em razão de as acusações formalizadas em desfavor dos pacientes serem demasiadamente genéricas; (iv) o indiciado é réu primário e não ostenta antecedentes criminais; e (v) no presente caso a determinação de prisão cautelar seria desproporcional e desarrazoada, pois, ainda que fossem indiciados por todos os delitos imputados (o que é improvável por conta da insubsistência das descrições), não seriam constrangidos ao cumprimento de pena em regime fechado.

Ocorre que, posteriormente à impetração do HC, foi proferida decisão extemporânea de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva sob o falido argumento de que a colocação dos indiciados em liberdade supostamente violaria a ordem pública, a despeito de reconhecer in caso a primariedade e bons antecedentes destes.

Em razão disso, a Defensoria Pública requereu o aditamento do HC impetrado para demonstrar a invasão de competência do juízo do DIPO ao externar suas opiniões pessoais sobre as manifestações e tomar como absoluto o quanto relatado no BO. De igual modo, apresentou-se o registro da imprensa nacional e internacional, havendo documentação no sentido de que as circunstâncias da prisão foram muito diversas das que foram relatadas no BO.

No entanto, apesar da demonstração inequívoca da presença dos requisitos autorizativos para a concessão da medida liminar pleiteada no HC impetrado, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo indeferiu o pedido liminar formulado. Na qualidade de professor de Direito da USP e, principalmente, de ser humano indignado com as frequentes injustiças, venho por meio da presente nota manifestar meu apoio à ordem de Habeas Corpus impetrada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Inicialmente, devemos rememorar que o princípio da presunção da inocência e o direito fundamental à liberdade são comandos normativos que traduzem a ideia de excepcionalidade das prisões e corroboram o enquadramento do Direito Penal como ultima ratio de aplicação.

E não é só, após a reforma promovida pela Lei n.º 12.403 de 2011, a excepcionalidade da prisão preventiva (cautelar lato sensu) restou ainda mais evidenciada ao possibilitar ao poder judiciário a adoção de medidas cautelares alternativas (cautelar lato sensu) à prisão.

Ademais, importante consignar que os delitos imputados ao nosso colega Fábio não levarão ao cabo a restrição da liberdade. Isso porque, ainda que seja condenado em todos os crimes ora imputados - o que se levanta apenas a título de discussão, pois carecem de subsistência as condutas ora imputadas -, não será constrangido a cumprir pena em regime fechado. Ou seja, não havendo prisão ao final, inexistem razões autorizativas (e lógicas) para manutenção da prisão cautelar.

Conforme devidamente esboçado no HC impetrado, todas as acusações imputadas são genéricas. No que diz respeito ao crime de incitação, não houve qualquer indicação e discriminação sobre qual seria o ato criminoso incitado pelo Fábio. De igual modo, o suposto cometimento do crime de desobediência sequer foi mencionado no BO e no auto de prisão, não havendo indicação sobre qual ato de ofício teria sido desobedecido. A imputação de crime de formação de quadrilha ou bando é ainda mais esdrúxula e surreal, especialmente porque, além de não terem sido identificados outros indivíduos que pudessem fazer parte da “quadrilha”, não se verificou a comprovação do liame voltado à prática de crimes de pelo menos 3 (três) pessoas. Por fim, quanto ao crime de posse de substância explosiva, necessário consignar que não há descrição sobre a dita substância explosiva, de modo que a mera menção de que o Fábio estava com um “artefato incendiário de fabricação rudimentar” não justifica a manutenção da prisão.

Deveras, carece de fundamentação o falido argumento de que a prisão cautelar do Fábio deva ser mantida como forma de “garantia da ordem pública”. Além da conduta ilibada e da inexistência de antecedentes criminais que maculem a imagem do nosso colega, não estão configurados os pressupostos autorizativos para a determinação de prisão cautelar.

Além do mais, o fundamento da “garantia à ordem pública” é um resquício do Código Rocco, de caráter nitidamente policialesco e totalmente desprovido de sentido. Em verdade, tanto o conceito de ordem púbica quanto o de ordem econômica, em razão da inexistência de sentido fundamentador, levam à simples antecipação ilegítima da pena.

Na verdade a decretação da prisão preventiva de Fábio, sob o falacioso argumento da “manutenção da ordem pública”, é só um exemplo daquilo que estamos vendo acontecer sob as nossas perplexas vistas: desde o histórico “junho de 2013”, cada vez mais têm surgido decisões judiciais “endurecendo” com as manifestações populares, supostamente justificadas pelos isolados atos de vandalismo que se deram em meio aos referidos protestos.

Em que pese alguns excessos realmente cometidos, parece-nos que essa atitude, que não esconde certo oportunismo e um impregnado ranço ditatorial, pode descambar para um perigoso avanço do Estado sobre direitos fundamentais dos cidadãos, sob os mais diversos aspectos.

Lembremos que protestos, passeatas e manifestações em geral estão abrangidos pelo chamado “direito de reunião”, tratado no art. 5º, inciso XVI, da CF e sua condição de norma de eficácia plena, que contém em si todos os requisitos para a produção de efeitos, não permite a limitação do seu exercício, salvo naquilo já efetuado pela própria Constituição: que a reunião seja sem armas e que se dê prévio aviso à autoridade.

Assim, não nos parece legítimo esse “endurecimento” oportunista por parte dos poderes constituídos, sob pena de criarmos um despropositado e antidemocrático sistema repressor, digno de países totalitaristas.

As manifestações que se espalham pelo país nada mais são do que um sintoma de um momento crítico, de ruptura, que testemunhamos. Os pequenos núcleos patológicos que sugiram em meio a manifestações absolutamente legítimas não autorizam soluções autoritárias.

É por essa razão que repudiamos qualquer atitude repressora e antidemocrática em face das manifestações populares, assim como repudiamos veementemente a ilegítima prisão de Fábio Hideki, funcionário da Universidade de São Paulo, atualmente mantido preso sob acusações absolutamente despropositadas, clamando ao Judiciário que corrija, com a prontidão necessária, a escabrosa injustiça que vem sendo efetuada nesse caso concreto.

São Paulo, 30 de junho de 2014.

Ari Marcelo Solon, livre-docente, doutor e mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FADUSP), instituição da qual é atualmente professor associado.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Nota de apoio aos metroviários demitidos

INTERSINDICAL - Central da Classe Trabalhadora

Todo apoio aos metroviáriosComo se não bastasse à truculência policial aplicada aos metroviários nos dias 6 e 9 e intransigência do governo em não negociar, Geraldo Alckmin, do PSDB, mostrou mais uma vez sua cara e, nesta segunda-feira, demitiu 42 trabalhadores que exerceram seu direito de greve.

Para calar a categoria e desarticular o movimento grevista, além de se valer da repressão da PM, convocando o Batalhão de Choque na sexta e na última segunda-feira para reprimir os trabalhadores, o governo do estado enviou telegramas aos metroviários, em sua maioria jovens, informando suas demissões por justa causa.

Estas demissões políticas, assim como a ilegalidade da greve e a ameaça de descontos nas folhas de pagamento são exemplos concretos do desespero do governo tucano em finalizar a greve a qualquer custo dias antes do início da Copa do Mundo. Este é o governo da truculência policial, da superlotação dos trens, do sucateamento da saúde e educação e do mensalão tucano.

A INTERSINDICAL - Central da Classe Trabalhadora declara seu apoio irrestrito à toda a categoria dos metroviários, especialmente aos trabalhadores demitidos, e exige suas imediatas reintegrações.

Pela reintegração dos trabalhadores demitidos! Fora Geraldo Alckmin! Fora PSDB!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quem realmente influenciou o texto do PNE

Educação

A tramitação do Plano Nacional de Educação pode servir para estudos sobre o poder de incidência política do que se denomina de sociedade civil organizada. Mas para isso vale primeiro anotar algumas definições sobre o que estamos chamando de sociedade civil neste artigo.
Tudo que não é Estado pode, em termos teóricos, ser arrolado como sociedade civil. Ou seja, um conceito por demais amplo para definir que proposições e interesses mobilizaram atores sociais para influenciar o PNE. Com este conceito tanto posso estar falando de uma articulação de sindicatos, de organizações estudantis ou de fundações privadas vinculadas ao sistema bancário. E, certamente, o que cada um desses atores defenderia em um plano educacional será distinto.
Podemos dizer que pelo menos quatro tipos de articulações da sociedade civil tentaram incidir na tramitação do plano:
1º. Uma rede de entidades populares, sindicais, estudantis, de ONGs e de gestores municipais, denominada Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
2º. Uma rede de organizações empresariais, denominada Todos pela Educação.
3º. Um conjunto nem sempre articulado de entidades civis e religiosas vinculadas ao atendimento educacional aos deficientes.
4º. Uma articulação sindical e popular em torno do Plebiscito por 10% do PIB para a educação pública.
A Campanha Nacional teve forte incidência durante todo o processo de tramitação. Na verdade sua influência já se fez sentir durante a realização da Conae (Conferência Nacional de Educação). Uma das evidências desta influência foi a aprovação do Custo Aluno-Qualidade como referência para o financiamento educacional na referida Conferência e a capacidade que teve em pautar tal discussão durante todo o processo.
Na maior parte dos momentos os interesses da Campanha Nacional estiveram em lado opostos aos defendidos pelo governo, tornando esta rede uma espécie de contraponto, credenciando a mesma como principal interlocutora dos movimentos sociais. Tal capacidade foi reconhecida pelos relatores da matéria na Câmara e no Senado. Foi de iniciativa desta rede de entidades um conjunto bem variado de emendas que foram incorporadas ao texto final, com destaque para a aprovação de 10% do PIB para a educação pública, a implementação do CAQ com auxílio da União e as referências explícitas a participação pública nas metas 11 e 12.
O debate sobre o percentual do PIB foi efetivamente polarizado por esta rede. A nota técnica que foi lançada em 2011, as audiências públicas que participou e a capacidade de aglutinar entidades acadêmicas em torno de suas proposições são provas desta incidência.
O Movimento Todos pela Educação também trabalhou para ter incidência na tramitação. Tiveram a vantagem de haver similaridades entre suas proposições e as ideias dominantes no governo, especialmente as que diziam respeito a dar primazia no texto à avaliação em larga escala de desempenho com medida de qualidade e o aprofundamento de “parcerias” entre o setor público e privado na prestação dos serviços educacionais. Assim, é difícil saber o quanto estas propostas prevaleceram devido a sua articulação ou devido ao peso institucional e político do governo sobre os parlamentares. Em vários momentos a sua pauta conseguia transitar entre a base governista e a base parlamentar da oposição conservadora. Apesar destas características não é possível afirmar que o texto sofreu forte influência de sua atuação sobre os parlamentares, estando muito distante do que o jornalista Luis Nassif afirmou recentemente.
Já o conjunto de entidades que trabalham com o atendimento de deficientes mostrou, mesmo que não de forma unificada, uma forte capacidade de influenciar os parlamentares na pauta especifica que os mobiliza, ou seja, no embate entre atendimento inclusivo ou exclusivo. Esta capacidade de influenciar fica evidente nas emendas formuladas e na polarização que conseguiram promover acerca da redação da Meta 4. Apesar desta força, nos demais pontos do PNE este agrupamento não teve incidência relevante.
O quarto grupo, que se formou no início da tramitação em torno da bandeira dos 10% do PIB e que promoveu um plebiscito sobre o tema, em que pese abraçar uma das principais bandeiras em debate, teve fraca incidência no processo de tramitação. Certamente a resistência em apresentar emendas e a dificuldade de fazer ações conjuntas com outros grupos contribuíram para este isolamento.
Além dos quatro grupos podemos afirmar também que entidades sindicais, como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e estudantis, como a UNE, tiveram também individualmente alguma incidência, especialmente nos temas afeitos às suas bases, mas seu papel foi mais relevante quando somaram esforços com articulações mais amplas. A batalha pelos 10% do PIB conseguiu unir amplos setores populares e estudantis, por exemplo.
Destaco que em vários momentos a representação institucional dos gestores estaduais e municipais se fez presente. A participação dos gestores municipais junto à Campanha tornou mais forte a incidência deste segmento. O Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) ficou isolado no fogo cruzado entre governo federal e sociedade civil. Entretanto, a pauta específica federativa poderia ter tido por parte das duas representações um peso proporcional à importância do tema.
Vale anotar que na reta final os setores fundamentalistas, que estiveram entrincheirados na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, se mobilizaram para retirar do texto qualquer referência ao debate de gênero, mas fora deste tema não tiveram incidência digna de nota.
A explicação de uma parte significativa do texto deve ser buscada na força (ou na fraqueza) da sociedade civil em influenciar os parlamentares e pressionar o governo. A força esteve presente nos momentos em que tal mobilização representou um contraponto progressista na redação contra posições conservadoras do governo ou junto com o governo batalhando contra retrocessos fundamentalistas. E a fraqueza se fez presente quando tais segmentos não conseguiram distinguir os alinhamentos políticos partidários de suas lideranças dos interesses concretos de suas bases.

LUIZ%2~1Luiz AraújoLuiz Araújo é presidente nacional do PSOL, professor, mestre em políticas públicas em educação pela UnB, doutorando na USP e assessor da Liderança do PSOL no Senado Federal.