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sábado, 9 de julho de 2016

80 horas de trabalho semanais. Precarização generalizada com a terceirização irrestrita.

Por: Edson Carneiro Índio - Secretario Geral da INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA
 
80 horas de trabalho semanais. Precarização generalizada com a terceirização irrestrita. Aposentadoria só aos 70 anos. Possibilidade de chantagem patronal para realização de "acordos" que tornam nulos os direitos garantidos na CLT. Fim da determinação constitucional que destina verbas para educação e saúde públicas. Entrega do pré-sal para as multinacionais. Restrição do Auxílio Acidente de Trabalho e cortes do Auxílio Doença (num país campeão em adoecimento no trabalho).
A agenda do golpe é extensa, comprovando o que dizíamos desde 2014: se a direita e o grande capital retomar as rédeas do governo federal, o povo brasileiro viverá os piores momentos dos últimos 30 anos. Quando dizíamos isso alguns respondiam que não seria nada disso, que pouco ou quase nada mudaria.
Claro que a conciliação de classes e a adesão dos governos presididos pelo PT aos diversos esquemas estabelecidos há décadas no Brasil tem grande parte da responsabilidade pelo golpe e pelo que virá.
Mas os que aplaudiram os batedores de panela, os que flertaram com a movimentação da direita e os que se negaram a construir unidade ampla desde 2015 contra o ajuste fiscal e as saídas apontadas pela direita - que já deixara claro que estava disposta a dar o golpe - também tem sua parcela de responsabilidade pelo quadro de regressão social que se avizinha.
É possível que um amplo processo de luta social derrote o golpe e sua agenda de regressão.
Para isso, é necessário construir as condições para paralisar a produção e a circulação, ocupando os locais de trabalho e as ruas, tornando um inferno a vida e os planos do grande capital e dos apoiadores dessa agenda no executivo, legislativo, judiciário e na mídia.
Por apostar na unidade ampla, a Intersindical está propondo às diversas frentes e organizações a realização de um grande Encontro Nacional em defesa da previdência, dos direitos sociais e trabalhistas e do Pré-sal, para debater e preparar um vigoroso processo de mobilização com capacidade de parar o Brasil, botar abaixo o golpe e o "governo" ilegítimo e barrar a agenda de retrocessos. Nenhum direito a menos. Fora Temer.

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