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sábado, 4 de maio de 2013

Maior acordo trabalhista do Brasil, caso Shell vai ser retratado em filme

Longa-metragem começou a ser rodado em Paulínia nesta quarta-feira.
Empresas aceitaram pagar R$ 200 milhões em indenizações coletivas.

 

Do G1 Campinas e Região

caso Shell vai ser retratado em filme

Primeiras cenas remontam bar onde trabalhadores
se reuniam (Foto: Dandara Medeiros)

Considerado o maior acordo da Justiça trabalhista do Brasil, o caso Shell Basf vai ser retratado em um longa-metragem, que começou a ser rodado nesta quarta-feira (1º). Chamado de “O Lucro Acima da Vida”, o filme tem locações em Paulínia (SP), cidade onde ficava uma fábrica de fertilizantes das empresas.

Os ex-funcionários trabalharam entre 1974 e 2002 na fábrica. Eles foram afetados pela contaminação química no lençol freático que abastece o bairro Recanto dos Pássaros. O acordo, assinado em abril no Tribunal Superior do Trabalho (TST), deu o direito ao tratamento médico vitalício para 1.058 ex-funcionários e dependentes, além indenização por danos morais coletivos em R$ 200 milhões.
Segundo a Associação dos Trabalhadores Expostos as Substâncias Químicas (Atesq), 63 pessoas morreram desde que o processo entrou na Justiça, há 12 anos. A maioria em decorrência de câncer. A Shell (atual Raízen Combustíveis S. A.) afirma que não há provas concretas de danos à saúde dos trabalhadores.

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Elenco
O longa-metragem tem no papel principal o ator Deo Garcez, que teve participação na novela  Cravo e a Rosa. Segundo o produtor executivo, Arlei Medeiros, pelo menos 100 ex-trabalhadores vão participar das filmagens como figurantes. A expectativa é que as gravações terminem no fim de maio.

“As primeiras cenas são em um bar que ficava perto da fábrica e os trabalhadores se reuniam”, disse Medeiros. Assembleias e julgamentos do caso Shell Basf também serão recordados no filme. A direção é de Nic Nilson jornalista e cineasta que já roteirizou e dirigiu filmes como Turma do Capi, Um Natal Diferente, Águas Furtadas, Van Gogh e Turma do Printy.

Orçado em aproximadamente R$ 1,3 milhão, o filme é patrocinado com doações e pelo Sindicato dos Químicos Unificados, Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico de São Paulo (Fetquim) e Associação dos Trabalhadores Expostos as Substâncias Químicas (Atesq).

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