Veja o Álbum de foto Aqui – Fotos de Alexandre Maciel
Professora Márcia Tavares da Direção do Sinpemor e Dirigente da Intersindical
Neste 15 de outubro, Dia dos Professores,
profissionais da rede municipal de educação tomaram as ruas de Barueri
para reivindicar melhores condições de trabalho e denunciar o
achatamento de seus salários vêm sofrendo, especialmente nos últimos
oito anos, com a cidade sob o comando de Rubens Furlan (PMDB, gestão
2005/12) e Gilberto Macedo Gil Arantes, o “Gil” (DEM, atual).
Célia Souza professora da da rede Municipal de barueri e dirigente da Intersindical
Entre tantos problemas apresentados pelos professores
e professoras está a defasagem em seus pagamentos e grupos em que pais
de estudantes são eleitos para debater plano de carreira dos
professores, visando dar uma aparência democrática, enquanto se esvazia o
debate político sobre a forma de progressão dos profissionais na rede
pública.
Outro problema grave diz respeito à terceirização que
já avança sobre as creches que estão sofrendo com a privatização de
seus serviços. Em relação ao adoecimento dos professores, eles também
reclamam da alta burocracia que dificulta a busca dos professores por
tratamento médico.
Estruturalmente, os transtornos chegam aos laboratórios – com a ausência de equipamentos –, pisos das escolas quebrados, piscinas danificadas, falta de materiais de higiene e materiais didáticos de baixa qualidade.
Assédio moral e as famílias Furlan e Gil
“Um dos motivos que dificultam a organização e
mobilização dos profissionais da educação na cidade é que grande parte
dos professores da cidade não são concursados. Uma parcela significativa
dos profissionais é comissionada, que hoje chegam a 12 mil pessoas”,
diz Célia Souza, professora da rede municipal de Barueri e dirigente da Intersindical.
Com os profissionais em estágio probatório não é
diferente. Segundo ela, quando estes tentam se mobilizar, geralmente são
convocados pela direção e ameaçados por conta do período em que não se
tem estabilidade alguma. “Como a maioria dos professores não tem
informações sobre seus direitos, estes casos quase nunca vêm à tona”,
alerta.
Célia, além de outros profissionais, denunciam o
esquema de prestação de serviços que existe na cidade para beneficiar
duas famílias poderosas ligadas à gestão pública de Barueri: “existe um
loteamento das famílias Furlan e Gil que terceirizam serviços de
limpeza, faxina, entre outros, e que prestam serviços em instituições
públicas. Eles fazem as licitações e quem vence são eles mesmos”,
explica. Além disso há escândalos de corrupção, como a compra de giz e
de pen drives que foi comprovadamente superfaturada, por exemplo.
Ari Dirigente da Coordenação da Intersindical Nacional
Em manifestação, que partiu da frente da Prefeitura,
passando pelo centro da cidade, professores, estudantes e pais de alunos
chegaram à Câmara Municipal, onde os vereadores realizavam uma sessão
de votações.
No entanto, ao entrar na Câmara os manifestantes
foram ameaçados pelo presidente da casa, que se recusava a ouvir suas
reivindicações. “Se vocês não aceitarem, eu terei de chamar a polícia”,
advertiu o vereador Chico Vilela (PTB).
Após muita persistência, os professores conseguiram
fazer com que a sessão fosse interrompida e elegeram um representante
para realizar uma pronuncia no plenário.
Apenas o início
A Intersindical, que está lado a lado com os
professores de Barueri, entende que esta é uma luta que ultrapassa os
limites da cidade e do estado de São Paulo. A luta dos profissionais de
Barueri é nacional e perpassa por todas as contradições do ensino
público no país. É também a luta dos professores do Rio de Janeiro,
Porto Alegre, Osasco e só está começando.
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