Por Vito Giannotti do NPC
Depois de tantas derrotas da esquerda, finalmente uma boa notícia. Na Grécia um partido/coligação de esquerda ganhou as eleições. E não é qualquer coisa. Os jornais do mundo, e até O Globo, se dobraram à realidade e tiveram que escrever: “Extrema esquerda vence na Grécia”. O Syriza, nome do novo partido é uma junção de vários agrupamentos de esquerda. Mas todos eles deixam claro seu programa: combater o neoliberalismo, liderado... pela Alemanha, que há uma década desgraça a Grécia. Há dez anos aquele país foi vítima da política de recessão, privatizações, arrocho salarial e a retirada de todos os direitos dos trabalhadores. A população grega foi reduzida à miséria mais desgraçada.
Os latões de lixos assaltados por ex-trabalhadores caídos na maior miséria. E aí, o que o povo fez? Se juntou em vários grupos de esquerda, todos contra a política europeia de beneficiar o capital e fazer os trabalhadores pagar o pato. Ousaram se colocar contra as medidas impostas pelo FMI e pelo Banco Central Europeu que só servem às grandes empresas e bancos internacionais.
Exemplo para a Europa e a América Latina
A vitória dos trabalhadores gregos é uma lição muito séria para a Europa inteira: Espanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra; É tudo a mesma desgraceira neoliberal. Em todos esses países a classe operária está sofrendo fortes derrotas. Perdendo velhas conquistas de décadas passadas. Aqui, na América Latina, os Estados unidos estão querendo continuar a mandar e desmandar como sempre. Os inimigos declarados de hoje são a Bolívia, Equador, Venezuela e a Argentina.
No Brasil com várias lorotas de crise internacional e de recessão os partidos de sempre querem impor fortes derrotas aos trabalhadores. Basta ver as primeiras medidas que a presidente Dilma tomou no começo do mês de Janeiro. Todas são uma festa para os patrões e uma desgraça para os trabalhadores. Em resumo são todas as retiradas de direito: auxilio doença, seguro desemprego. O que fazer? Olhar o exemplo da Grécia e...seguir adiante. Essa é a receita. Povo na rua por anos seguidos e a construção de um projeto político diferente do projeto neoliberal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário