Foto: Nelson Ezídio
Este domingo, 17/04, entrará para a história como o dia da farsa dos golpistas.
Mas
entrará para a história também a combatividade, a unidade na
diversidade e a disposição de centenas de milhares de pessoas de
defender a democracia e impedir a instalação de um governo ilegítimo,
disposto a aumentar a exploração ao limite para garantir a
superacumulacao do 1% mais rico.
Se
dentro da câmara dos deputados prevaleceu a hipocrisia, nas
manifestações convocadas por todos os movimentos sociais deste país
prevaleceram as lições da luta, da solidariedade e da resistência
social.
Os últimos trinta dias, aliás, foram marcados por essa necessária unidade contra o golpe e o ajuste fiscal.
E
o dia 17/04 não foi diferente. Nas diversas capitais, o setor
consciente e consequente da classe se reuniu aos milhares, sob horas e
horas de sol forte para defender a democracia e os direitos sociais.
A
diversidade de gênero, racial, sexual e etária da nossa classe ganhou
as ruas e praças das diversas cidades, em mais um dia de luta. Nos
rostos de cada um, além da indignação com o golpe, demonstrações de
solidariedade e de muita disposição para redobrar a luta.
Em
Brasília, a esplanada dos ministérios dividida entre os setores
populares e democráticos de um lado, e os setores golpistas e aqueles
capturados pela manipulação e o ódio. As reações de cada lado eram
radicalmente distintas, demonstrada nas sucessitas declarações
hipócritas dos deputados que apoiaram o golpe, particularmente no voto
de Cunha, Bolsonaro, Paulinho da Força. Mas os que ali na defesa da
democracia também vibravam com os votos contrários à farsa e que se
posicionam claramente na defesa da democracia, do mandato constitucional
da presidente, mas sobretudo dos direitos ameaçados pelo golpismo.
“A
Intersindical em nenhum momento vacilou em se somar a esse processo,
que já é o maior processo de mobilização popular e de unidade das forças
sociais progressistas e de esquerda das últimas décadas”, lembra Edson
Carneiro Índio, Secretário Geral da Central. “E apesar da patifaria que
prevaleceu na câmara, os movimentos populares não se deixaram levar pela
perplexidade daqueles que se limitaram ao papel de comentaristas. Quem
foi às ruas ontem saiu determinado a radicalizar na defesa da
democracia”.
Para
o dirigente da Intersindical, quem foi às ruas no ultimo mês lutar
contra o golpe ficou, sem dúvidas, indignado com a patifaria de Cunha e
das três centenas de deputados, hipócritas. Mas saiu determinado a
redobrar a luta contra o golpe.
“Milhões
de trabalhadoras e trabalhadores, principalmente jovens, se reuniram ao
longo deste processo contra o golpe. A grande maioria destes não é
organizada em nenhum movimento social, partido ou outra organização. E
se encontrou em função da unidade construída em torno da Frente Povo Sem
Medo e da Frente Brasil Popular. Essa unidade foi um grande acerto do
último período. Essa unidade será ainda mais necessária para enfrentar o
que está por vir”, conclui Edson Carneiro Índio.
Veja também:
→ Clique aqui e veja o vídeo da intervenção da Intersindical e movimentos populares unidos contra o golpe do grande capital e da direita
→ Contra a farsa e o golpe, radicalizar na defesa da democracia
→ Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos! Vamos derrotar o golpe nas ruas!
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→ Contra a farsa e o golpe, radicalizar na defesa da democracia
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A
ilegitimidade deste processo golpista somada e a resistência social
serão os grandes empecilhos que o grande capital e a direita encontrará
para instalar Michel Temer na cadeira de presidente da república. Quem
duvidar disso, não conhece a história de luta do povo brasileiro, como
ressaltou Guilherme Boulos, dirigente do MTST e da Frente Povo Sem Medo
no discurso em Brasília após a consumação da farsa comandada por Eduardo
Cunha. Já Gilmar Mauro, dirigente do MST e da Frente Brasil Popular,
registrou a importância das centenas de milhares dos que foram às ruas.
“Vocês são comandantes fundamentais dessa luta coletiva”.
Para
a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, é preciso incendiar
esse país de solidariedade, de luta pela democracia e de resistência
social unitária ao processo golpista. Contra a hipocrisia e a
manipulação da mídia, responderemos com diálogo franco e aberto com a
população sincera. Contra a farsa, responderemos com luta direta. Contra
o golpe, responderemos com democracia. Contra o ódio, o preconceito e a
intolerância, responderemos com amor, solidariedade, unidade na
diversidade, e muita, mas muita disposição para defender a democracia,
os interesses da maioria da população trabalhadora e a soberania
nacional.
Vamos
continuar nas ruas. Mas vamos radicalizar na defesa democracia parando a
circulação, a produção e os serviços contra esse processo golpista,
farsesco. Nenhum governo ilegítimo vai conseguir enfiar goela abaixo da
população essa farsa. Não vai ter golpe. Vai ter é muita luta.
Intersindical e movimentos populares unidos contra o golpe do grande capital e da direita:
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