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terça-feira, 8 de abril de 2014

Bancários lançam revista em sessão da Comissão da Verdade, nesta sexta (11/04)

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Em 11 de abril de 2014 (faz 50 anos da intervenção no Sindicato dos Bancários de Santos e Região pelos golpistas em 1964) a diretoria realizará uma sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), às 19h, na sede do Sindicato, com a presença da integrante da CNV, Rosa Maria Cardoso da Cunha e Adriano Diogo da Comissão da Verdade/SP.

Na ocasião, também lançará a revista: A “perigosa” unidade dos trabalhadores na “Moscou Brasileira”, que aborda a organização dos trabalhadores no Fórum Sindical de Debates, o Navio Prisão Raul Soares e como a ditadura atingiu a categoria perseguindo-a de 1944 até 1976.

Obs.: haverá coletiva para a imprensa com a presença de Rosa Cardoso (advogada da presidente Dilma Roussef na ditadura e ex-coordenadora nacional da Comissão da Verdade de maio a agosto de 2013) e Adriano Diogo – Coordenador da Comissão da Verdade/SP (Adriano Diogo foi preso e torturado pela OBAN - Operação Bandeirantes em 1971), além de familiares e trabalhadores perseguidos e presos pelo golpe civil militar de 1964, às 18h, na Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP.

O Famigerado Golpe Civil Militar faz 50 anos

“É muito importante resgatar a história daqueles que foram os protagonistas da luta de classe. A cidade de Santos foi fundamental nesse período da história, quando havia o Fórum Sindical de Debates, instrumento para a organização dos trabalhadores. É preciso olhar para o passado para construir um futuro mais justo e igualitário”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, Ricardo Saraiva Big.

Trecho da Revista

Santos é vanguarda 20 anos antes das greves do ABC

Santos representava a vanguarda da organização sindical no Brasil, 20 anos antes das grandes greves do ABC paulista. Empresários, políticos de partidos conservadores e militares, com apoio dos EUA (presidentes Kennedy, Lyndon  Johnson e Nixon, além dos militares e a CIA) também a chamavam de “Moscou Brasileira”, “Cidade Vermelha” ou “República Comunista” para influenciar a opinião pública. Alardeavam por meio dos grandes jornalões, comprometidos com o golpe, as mentiras de que a cidade era dominada por comunistas que guardavam grande arsenal de armas, fuzis e metralhadoras, nas sedes dos sindicatos. Com o objetivo de fazer a temida revolução socialista no País. Na verdade, tinham apenas um sindicalismo de reivindicações sérias. Havia comunistas, como em qualquer lugar do país, mas eles não predominavam nas entidades. E nenhum sindicato guardava sequer uma garrucha.

Porém, com estas bravatas, os militares justificaram as prisões em massa, as violentas invasões de sindicatos, cassação de políticos, o terrorismo, as torturas; enfim a destruição das organizações dos trabalhadores, da rica cultura da cidade e da liberdade política da população de se manifestar e eleger seus mandatários. A autonomia política da Cidade somente foi conquistada novamente em agosto de 1983. Depois de 20 anos amordaçada, sua gente pôde eleger seu prefeito, em 1984.

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