A Intersindical Central da Classe
Trabalhadora, por meio da sua Direção Nacional reunida na capital paulista
nos dias 12 e 13 de dezembro, considera:
1- que a abertura de processo de impeachment
da presidente da república é ilegítimo. Para nós, ser contra o impeachment não
se traduz em apoio ao governo Dilma, que adota uma política indefensável, com um
ajuste fiscal que joga sobre os ombros da classe trabalhadora os custos da
crise. No entanto, o “fora Dilma” permitiria a Michel Temer aplicar o programa
que o PMDB negociou com o grande capital, como: mais privatizações, reforma da
previdência que estabelece idade mínima de 65 anos para aposentadoria,
desvinculação do benefício previdenciário ao salário mínimo, terceirização geral
e irrestrita, negociado sobre o legislado, fim da destinação constitucional de
recursos para educação e saúde públicas entre outras medidas, como a redução da
maioridade penal que demonstram que a destituição de Dilma não será seguida por
um governo progressista ou comprometido com interesses da maioria do povo
brasileiro. Nesse sentido, ser contra o impeachment é pela democracia e contra o
avanço do PMDB e da direita;
2- quem deve ser impedido de prosseguir no
cargo é Eduardo Cunha, com “seus” milhões na Suíça, crimes de lavagem de
dinheiro, chantagens e manobras golpistas à frente da Câmara dos Deputados. O
nefasto Cunha comandou uma maratona de ataques aos direitos trabalhistas, da
juventude pobre e negra, das mulheres, dos indígenas, da comunidade LGBT, da
democracia, com o financiamento empresarial de campanhas e se constitui como
representante do que há de pior na política brasileira.
Diante do exposto, nossa Central resolve:
1- Seguimos na construção da Frente Povo Sem
Medo e reafirmamos a nota que se posiciona contra o impeachment, contra o ajuste
fiscal e defende a destituição do indecoroso Eduardo Cunha do mandato de
deputado;
2- participar das mobilizações que tenham como
mote esses três eixos, como os que ocorrerão no dia 16 de dezembro. Não
participaremos de atos que não respeitem esses eixos e que sejam de apoio
acrítico ao governo. Nossa tarefa é lutar contra o impeachment, pelo Fora Cunha
Cunha e contra a política econômica restritiva, que levou à recessão e aumento
do desemprego e corte de investimentos sociais.
Nos somamos ao conjunto das organizações populares e
democráticas de nosso país dispostas a construir ampla unidade a fim de combater
os ataques e resistir à agenda regressiva de direitos que domina a pauta
política do país. Barrar a ofensiva da direita, derrotar o ajuste fiscal dos
governos federal, estaduais e municipais e ganhar força para recolocar na pauta
do país as reformas populares como a tributária, urbana, agrária,
democratização das comunicações, auditoria da dívida pública e outras medidas
que cheguem à raiz dos principais problemas que afetam a maioria do povo
brasileiro.
Que os ricos paguem pela crise!
São Paulo, SP, 13 de dezembro de 2015 Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
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