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terça-feira, 26 de março de 2013

Fotos da violência e barbárie policial no Pinheirinho II, dia 26/03, em SP

Tiros de balas de borrachas e bombas de
gás contra população carente e indefesa

Fonte texto: Jornal Brasil de Fato (http://www.brasildefato.com.br/)
Fotos: Portar Uol (www.uol.com.br) e Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

 

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Foto: Agência Brasil

A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM – do governo do Estado de São Paulo) invadiu um terreno ocupado por mais de dois mil sem-teto no Jardim Iguatemi, zona leste de São Paulo, dia 26/03/2013. Os policiais dispararam tiros de balas de borrachas e bombas de gás lacrimogêneo contra as pessoas que faziam uma barreira para impedir a entrada da PM na ocupação.

No local, chamado de Pinheirinho 2 pelos moradores, vivem 700 famílias.

Desde as 6 horas da manhã do dia 26, os sem-teto realizam manifestações pacíficas nas entradas da ocupação. Por volta das 9h40, a Tropa de Choque recebeu ordem para invadir o terreno. De acordo com Jean Carlos da Silva, coordenador do Pinheirinho II, a PM agrediu os sem-teto sem que estes reagissem. “Houve abuso de autoridade por parte da polícia, muitas pessoas se machucaram sem reagir e a situação complicou”, relata.

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  Foto: UOL

Jean afirma que os sem-teto estavam se manifestando, mas tinham a orientação de cooperar com a reintegração de posse, contudo a ordem do comando da Tropa de Choque foi para que os policiais entrassem no terreno de “qualquer jeito”. Segundo ele, crianças e mulheres grávidas também foram agredidas pela PM. “Chutaram mulheres grávidas, chutaram idosos”, conta.

As famílias retiraram seus pertences das casas construídas no terreno. O coordenador da ocupação afirma que elas não têm para onde ir. Conforme ele, os sem-teto vão tentar reverter a reintegração antes que comece a demolição das casas. No terreno de 130 mil metros quadrados, ocupado desde maio de 2012, foram construídas cerca de 800 casas de alvenaria pelos sem-teto.

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Foto: Agência Brasil

Os sem-teto reivindicam a inclusão em programas de moradia da prefeitura. Na sexta feira passada (22), eles conseguiram um compromisso por escrito do secretário de Habitação, José Floriano, que solicitou 120 dias de prazo antes da reintegração de posse para cadastrar as famílias nos programas habitacionais. No entanto, quando foram despachar o documento, o juiz responsável pelo processo não estava no Fórum de Itaquera.

Em uma audiência no Fórum de Itaquera na segunda-feira (25), o juiz da 4ª Vara Cível de Itaquera decidiu manter a liminar que determinava a reintegração de posse, apesar do pedido de prazo feito pela administração municipal.

Ainda ao final da tarde do dia 26, com a intervenção do prefeito Fernando Haddad (PT), a desocupação foi suspensa. A prefeitura informou que vai publicar um decreto nos próximos dias declarando a área como de utilidade pública. As 700 famílias continuam no terreno aguardando a decisão da Justiça.

No entanto, as lutas dos movimentos sociais e populares por terra para plantar, casa para morar, saúde, educação, transporte e meio ambiente, entre outros, são históricas e sua divulgação não devem ficar limitada a calendário. Assim como também não deve haver prazo para denunciar a barbárie capitalista sempre em busca de lucros, a distorcida visão da justiça que fecha um olho para a especulação imobiliária, mas abre bem o outro para criminalizar os movimentos sociais. E também a de governantes e de sua força repressiva, a Polícia Militar entre elas, que tratam as reivindicações populares como “caso de polícia” e agem com truculência, com barbárie… até mesmo com características de ódio e repulsa pessoal.

Veja 53 fotos da violência da PM no Pinheirinho 2

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