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sábado, 9 de março de 2013

Intersindical,sindicatos e PSOL participa do 8 de março: dia de luta contra a violência machista, racista e lesbofóbica

IMG_3430A Diretoria  do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo, Bancários na Luta, Intersindical, PSOL e diversos movimentos sociais participaram, dia 08 de março, da Marcha Unificada em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres que reuniu cerca de três mil pessoas. A Marcha teve início às 14h na Praça da Sé e seguiu até a Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo.

IMG_3450Ao final, as militantes feministas se solidarizam com todas as mulheres do mundo que sofrem com as guerras, a pobreza, a violência e os preconceitos produzidos pelo patriarcado e intensificados pelo imperialismo no mundo.

Os gritos predominantes de protesto eram por igualdade. O tema deste ano foi o combate às violências machista, racista e lesbofóbica (contra lésbicas). Infelizmente, não são raros os casos de IMG_3484agressão às mulheres todos os dias, e este tema ficou ainda mais em pauta com o caso dos cons tantes estupros contra mulheres na Índia e com a possível reforma do código penal brasileiro que pode enfraquecer a lei Maria da Penha. Enquanto houverem casos de violência contra as mulheres, nós continuaremos indo às ruas.

O Brasil é um país que ainda discrimina brutalmente as trabalhadoras quando não paga salários IMG_3474equivalentes aos dos homens, quando não oferece os mesmos espaços nas direções. Mas sabemos, sobretudo, da violência sofrida no dia a dia pelas mulheres, não apenas no ambiente de trabalho, mas também nas escolas e até nos momentos de lazer. O machismo arraigado na sociedade brasileira coloca todas as mulheres em situação de opressão, mesmo que velada.

Mas esta não é uma luta só delas. É evidente que só as mulheres conhecem a dor e a alegria de ser quem são. Apenas elas conhecem esta realidade. É tarefa de todos e todas, no entanto, trabalhar para a afirmação de seus direitos, assumir como nossa a responsabilidade pelo fim da violência física e simbólica. A violência contra a mulher, em todas as suas dimensões, é o machismo posto em prática. É a agressão física e moral, e também a retirada ou inexistência de direitos sociais, que podem ser ainda mais agravados com a aprovação do Acordo Coletivo Especial (ACE).

O ACE é um anteprojeto de lei elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, sugerido ao Executivo para que ele encaminhe para votação no Congresso Nacional, repetindo uma proposta feita durante o governo FHC. O ACE define que o negociado terá mais valor que o legislado. O objetivo é permitir que possam ser fechados acordos coletivos que flexibilizem direitos garantidos na legislação trabalhista atual, como a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Um exemplo da sua aplicação é o direito à licença maternidade – de 4 meses garantidos por lei, podendo ser estendido a 6 meses em alguns casos. Hoje este, dentre outros direitos, estão sendo duramente ameaçados pelo ACE, onde o acordado se sobrepõe ao legislado, o que joga por terra todos os direitos sociais conquistados.

É por isso que nos colocamos. Para exaltar o papel da mulher na sociedade brasileira pela sua luta, sua resistência ao machismo. E para dizer que não admitimos nem a violência física, que começamos a enfrentar com a aprovação da Lei Maria da Penha – que, no entanto, ainda sofre para ser implementada, tanto por falta de recursos, como delegacias da mulher, casas-abrigo etc, e por desconhecimento ou má-fé das autoridades –, e nem a imposta pela publicidade, pela indústria cultural e pela restrição à liberdade.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações PSOL e movimentos sociais 

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