Policial com arma de grande porte intimida trabalhadores em greve por direitos na Medley/Sanofi-Aventis. Ironicamente, atrás dele, lê-se na parede: "Acesso de colaboradores"
Derrotada pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores que reagiram com uma paralisação contra a quebra de direitos e o criminoso assédio moral que sofrem, a Medley/Sanofi-Aventis, em Campinas, recorreu à Polícia Militar para tentar colocar um fim na greve que teve início na noite de 26 de março e que hoje completa seu 5º dia.
A Polícia Militar, com truculência e “abuso de autoridade”, avançou sobre os trabalhadores na tentativa de intimidar e, assim, desmobilizar a greve, na manhã de hoje (01 de abril). Vários dirigentes do Unificados sofreram ameaças dos policiais ao exercerem funções para as quais foram de forma legítima e democraticamente eleitos pela categoria. Funções que são garantidas pela lei e pela própria constituição, assim como o direito da livre organização dos trabalhadores, inclusive o de fazer greve.
Radicaliza, não negocia e reprime
Desde o início da greve, sistematicamente a Medley/Sanofi-Aventis se recusa a abrir qualquer negociação, mesmo com todas as tentativas feitas pelos Unificados nestes cinco dias. A greve, na verdade, teve início pois a multinacional francesa há muito tempo impõe sua política de administração com mão-de-ferro, refratária a qualquer diálogo, e ignorou todos pedidos de negociação feitos pelo sindicato.
E na manhã de hoje, de forma inaceitável, o governo do Estado de São Paulo, atendendo pedido da Medley/Sanofi, libera sua força de repressão, a Polícia Militar, para investir contra e reprimir duramente a legítima organização dos trabalhadores.
De forma clara, é a Polícia Militar a serviço do lucro de uma empresa privada. É o dinheiro de todos nós pagadores de impostos colocado a serviço dos lucros de uma multinacional francesa.
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