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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ato reuniu 20 mil trabalhadores em Brasília. Unificados e Intersindical presentes

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Um ato público com a presença de aproximadamente 20 mil trabalhadoras e trabalhadores fez uma passeata em Brasília contra os rumos da política econômica do governo Federal e ocupou quatro das seis pistas do Eixo Monumental, em direção ao Congresso Nacional. O Sindicato Químicos Unificados e a Intersindical participaram da organização do ato e estiveram na manifestação em Brasília.

São trabalhadores de vários setores, inclusive agrários, estudantes e quilombolas, que reivindicam o fim do fator previdenciário e a anulação da reforma previdenciária de 2003. O protesto foi também por educação e saúde públicas de qualidade, além do respeito aos povos indígenas e quilombolas.
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No Congresso foi promovido um ato coletivo. Depois, cada setor seguiu para o ministério responsável pela área de atuação. Os ministérios  ocupados são o do Planejamento, do Trabalho e Emprego, da Educação e da Reforma Agrária.

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ACESSE AQUI para ler o jornal entregue em Brasília pela Intersindical, sobre as razões da marcha. Nele, constam as reivindicações principais da marcha.

Manifesto

Em conjunto, todas as entidades promotoras do ato assinaram o manifesto abaixo, com as razões da mobilização:

“As contradições e a desigualdade se agravam em nosso país a cada dia que passa. As autoridades governamentais alardeiam os resultados de sua política econômica, que teria permitido ao Brasil uma localização diferente e melhor no âmbito da crise econômica enfrentada pelo capitalismo em todo o mundo. Entretanto, a vida do povo trabalhador passa por privações e mazelas cada vez maiores.

A continuidade e o agravamento da crise em todo o mundo tende a aprofundar ainda mais esta situação. Se antes, o governo brasileiro já usava a desculpa da “crise lá fora” para atacar os direitos dos trabalhadores, agora isso ganha mais peso. A própria economia brasileira começa a dar sinais de que se aproxima cada vez mais da situação internacional – o PIB de 2012 ficou na casa de 1%. E aqui no Brasil, como na Europa, todas as medidas adotadas pelo governo vão no sentido de ajudar o capital financeiro e grandes grupos econômicos, essencialmente com dinheiro público. Não faltam recursos e apoio às fábricas de automóveis, aos bancos, ao agronegócio, às empreiteiras da construção civil, às grandes redes de comércio etc.

Assiste-se ainda à ausência de qualquer medida governamental dirigida a proteger o emprego dos trabalhadores para assegurar condições dignas de trabalho. Faltam recursos para investir na saúde, na Previdência Social, na educação, na reforma agrária e apoio aos trabalhadores do campo de forma geral, na moradia, no saneamento, nos serviços públicos, enfim, em políticas que gerem melhoria nas condições de vida dopovo pobre. O resultado disso é a precarização cada vez maior do trabalho, baixos salários, sucateamento dos serviços públicos, privatizações de hospitais, de aeroportos, estradas, a continuidade da entrega do nosso petróleo para multinacionais e a adoção de medidas que transformam a educação pública em mercadoria, retirando-a da esfera do direito do povo e dever do Estado.

Os trabalhadores no setor privado, além dos baixos salários, ficam sujeitos a condições indignas de trabalho ou à ameaça de demissão. Querem precarizar ainda mais as condições de trabalho, buscando diminuir e eliminar direitos trabalhistas com o chamado ACE – Acordo Coletivo Especial. O mesmo governo que reduz a contribuição das empresas para a Previdência Social alega que não tem recursos para acabar com o famigerado Fator Previdenciário, que diminui o valor do beneficio pago aos aposentados.

Os trabalhadores do serviço público são submetidos a um arrocho salarial sem precedentes e ainda têm negado o seu direito à negociação e contratação coletiva.

Não satisfeito com esta situação, o governo promove uma ofensiva para retirar – na prática – o direito de greve dos servidores.

Não bastasse a falta de investimentos para a construção de moradias populares, soma-se agora mais ameaças de despejos devido à Copa e à Olimpíada. Além disso, uma onda de violência assola a vida do povo pobre das grandes cidades, num verdadeiro genocídio da juventude negra e pobre das periferias. Os povos indígenas e quilombolas são desrespeitados, agredidos e tem suas lideranças assassinadas pelo latifúndio e o agronegócio, sob o silêncio e a inação cúmplices das autoridades.

Contra isso e outras tantas políticas nefastas que prejudicam o povo é que dizemos basta!
Em todo o mundo os trabalhadores estão unidos na luta em defesa dos seus direitos. No Brasil, não pode ser diferente. Por esta razão, as organizações que assinam este manifesto se uniram para levar adiante esse processo de mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra esta política econômica que o governo federal aplica em nosso país.

O que nos move em nossa luta está expresso no conjunto de bandeiras que compõem nossa plataforma construída consensualmente entre todas as entidades e movimentos que convocaram esta jornada.

Juntos, e na luta, somos mais fortes e podemos fazer ouvir a nossa voz e valer nossos direitos!”

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Entidades que assinam o manifesto acima

Protesto contra Feliciano

A Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel) realizou, no início da tarde, durante o protesto desta quarta-feira (24/4), um “beijaço” – ação em que pessoas do mesmo sexo se beijam – em frente ao gramado do Congresso Nacional. Os manifestantes fizeram o ato como protesto, pedindo a saída do deputado federal pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal.

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